Turbeculose – Certo Saber https://certosaber.com O saber certo para sua família! Wed, 02 Dec 2020 18:34:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://certosaber.com/wp-content/uploads/2018/02/cropped-certosaber-icone-32x32.png Turbeculose – Certo Saber https://certosaber.com 32 32 infecções respiratórias na infância – O que é? https://certosaber.com/infeccoes-respiratorias-na-infancia-o-que-e/ https://certosaber.com/infeccoes-respiratorias-na-infancia-o-que-e/#respond Fri, 17 Apr 2020 23:58:59 +0000 https://certosaber.com/?p=8681 As infecções respiratórias na infância são um dos maiores motivos de preocupação nos pais e/ou cuidadores.

Não é incomum que este tipo de infecção acometa as crianças, causando uma série de problemáticas a ela relacionadas.

Este tipo de infecção é, na realidade, muito mais frequente entre as crianças, o que torna o cuidado ainda mais importante e necessário de ser feito com disciplina.

Assim, um fator extremamente importante é saber reconhecer este tipo de doença, os tipos de infecções, assim como a forma de evitá-las.

Saber mais a respeito das infecções possibilita maior preparo para lidar com elas quando os sintomas se mostram presentes na criança.

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Infecções respiratórias: O que são.

As infecções respiratórias são um tipo de infecção que acomete o sistema respiratório, se dividindo em dois grupos:

  • Infecção de vias superiores – tal como gripe, sinusite, etc.;
  • Infecção de vias inferiores – tal como pneumonia e doenças de fundo alérgico como bronquite.

Este tipo de infecção apresenta uma série de causas, entre as quais as principais se dão por:

  • Vírus;
  • Bactérias;

Embora estas sejam as principais causas, existem outros agentes infecciosos que também podem colaborar para o surgimento do quadro.

Dentre os principais sintomas, observa-se a divisão que denota a gravidade da infecção, a qual compreende a área afetada.

  • Sintomas simples – afetam as vias superiores, especialmente a área nasal.
  • Sintomas graves – afetam as vias inferiores, acometendo brônquios, bronquíolos e o pulmão.

Independente da gravidade ou da área respiratória que for afetada, observa-se que, por ser causada por vírus ou bactérias, é uma doença de fácil transmissão.

Assim, gotículas de saliva e, por vezes, a própria respiração torna-se uma fonte de transmissão para outras pessoas.

Embora este tipo de infecção também seja bastante comum nos adultos, observa-se que as crianças são uma parcela bastante afetada.

Assim, é importante compreender melhor sobre a forma específica sobre como ocorrem as infecções respiratórias na infância.

Infecções respiratórias na infância.

As crianças são comumente afetadas por este tipo de infecção, sendo importante compreender como ocorrem e os melhores meios de prevenção.

Ainda hoje, as infecções respiratórias na infância se constituem como uma das principais causas de morte nas crianças pequenas em classes mais pobres.

Isso ocorre, em grande parte das vezes, por conta da baixa acessibilidade a informações diante a prevenção, assim como formas de tratamento adequada.

Este tipo de infecção se divide em diversos tipos, sendo alguns destes bastante comuns durante a infância.

Dentre as infecções respiratórias na infância, as mais comuns se dão por:

  • Resfriado;.
  • Pneumonia;
  • Amigdalite;
  • Otite;
  • Sinusite;
  • Rinite;
  • Bronquite

O resfriado é, sem dúvidas, a mais comum de todas as infecções respiratórias na infância, sendo bastante comum também na vida adulta.

Esta infecção acomete as vias superiores, afetando principalmente a laringe.

Os sintomas relacionados a ela incluem:

  • Febre que varia constantemente;
  • Coriza;
  • Obstrução da área nasal;
  • Tosse;
  • Falta de apetite;
  • Possível alteração das fezes e vômitos.

A depender do sintoma apresentado, assim como a idade da criança, é importante dispensar maiores cuidados.

Uma criança que ainda está se alimentando através de amamentação, por exemplo, pode sofrer com a obstrução da área nasal, pois pode causar irritação e consequentemente maior dificuldade para se alimentar.

 


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A otite é, na realidade, uma infecção na área do ouvido, geralmente se apresenta enquanto uma consequência de um resfriado que não recebeu tratamento.

Uma vez que as vias respiratórias possuem ligação com os canais do ouvido, as bactérias podem acabar atingindo esta região, causando um problema secundário.

A criança diante um quadro de otite apresenta sintomas como:

  • Dor;
  • Febre;
  • Dificuldade para sugar e se alimentar;

Note que este quadro também se relaciona a outras situações além do resfriado, podendo ser causada por umidade inadequada do ar; alimentação feita sempre na posição vertical; limpeza inadequada dos ouvidos favorecendo o contágio de bactérias, entre outros.

A pneumonia, por sua vez, causa um aumento de secreção mucosas em uma região específica do pulmão, causando um quadro difícil de ser tratado e que requer bastante atenção.

Alguns dos sintomas são bastante similares ao do resfriado, podendo inclusive haver confusão entre os quadros em seu início.

Porém diante uma situação de pneumonia, os sintomas se apresentam em maior gravidade, representando, portanto, maior necessidade de cuidados com a criança.

Entre os principais sintomas se destacam:

  • Tosse;
  • Alta frequência cardíaca;
  • Febre intensa ou hipotermia, o que é uma indicação de infecção;
  • Respiração rápida;
  • Dificuldade para engolir, o que inclui tanto alimentos sólidos quanto os líquidos;
  • Gemidos, como se houvesse muito cansaço;
  • Períodos de apneia, entre outros;

O tratamento da pneumonia deve ser bastante cuidadoso, evitando complicações, as quais muitas das vezes implicam em internação da criança para abordagem adequada do quadro.

A amigdalite também se define enquanto uma das infecções respiratórias na infância, sendo muito frequente nas crianças entre os três e os seis anos de idade.

Os sintomas, assim como os quadros anteriores, são bastante similares, e, portanto, uma avaliação médica é interessante para que se possa ser feito um tratamento efetivo.

Um quadro grave de amigdalite causa muita dificuldade na ingestão de alimentos, por conta da famosa “dor de garganta” que resulta, o que pode consequenciar em problemas de nutrição na criança.

Além da inflamação da amígdala, o que é o motivo da dor sentida, causa outros sintomas, os quais se apresentam como:

  • Febre;
  • Agitação;
  • Mau hálito;
  • Dor na região da garganta, causada pela inflamação da amígdala, podendo apresentar pus;
  • Tosse em alguns casos;
  • Dificuldade para engolir;
  • Mal-estar;
  • Inchaço na região da amígdala, apresentando algo semelhante a um caroço palpável que some diante a recuperação do quadro.

Ademais, entre as infecções respiratórias na infância, a sinusite e a rinite também se mostram bastante comuns.

Estas infecções são comumente confundidas entre as pessoas, embora cada uma possua suas características, tanto diante os sintomas quanto a forma infecciosa.

A sinusite é um quadro que causa a obstrução das vias que existentes no rosto, fechando as áreas nasais e causando forte secreção, consequentemente, dificuldade para respirar.

Ela se configura ainda enquanto um tipo de alergia respiratória, a qual acaba por resultar em infecção bacteriana.

Entre seus principais sintomas, observa-se a presença de:

  • Resfriados constantes;
  • Febre;
  • Tosse noturna;
  • Secreção nasal constante;

Este tipo de quadro apresenta forte evolução quando a criança está inserida em ambientes que favorecem o surgimento dos sintomas, como locais onde a umidade do ar é baixa ou em ambientes muito úmidos, mas com a presença constante de fumantes.

Nos quadros mais graves pode causar dores intensas na cabeça e região do rosto, por onde passam as vias que ficam obstruídas.

A rinite, por sua vez, se diferencia da sinusite na medida em que não causa dor, mas pode resultar em bastante incômodo para a criança, por conta dos sintomas constantes.

Observa-se que comumente apresenta questões como:

  • Espirros constantes;
  • Coriza;
  • Obstrução nasal;
  • “Olheiras” e lacrimação intensa por conta dos espirros frequentes;

Para além destes quadros, as infecções respiratórias na infância começam a apresentar os quadros de maior gravidade, considerando a possibilidade de se mostrar crônica.

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Entre estas estão a bronquite e a asma, infecções conhecidas e preocupantes para quem cuida de uma criança.

A bronquite se define enquanto uma infecção que inflama brônquios pulmonares, a qual afeta muito as crianças pequenas, sendo ainda um fator que facilita o surgimento de outros quadros, tais como resfriados.

Pode se dividir em diversos tipos, causando variação nos sintomas e intensidade em que se apresentam, e podendo se tornar crônica quando não é tratada adequadamente.

Entretanto, note que em todos os casos é uma infecção que causa tosse constante e, consequentemente, afeta a capacidade respiratória, podendo causar falta de ar e cansaço geral na criança.

A asma, por sua vez, é uma das infecções respiratórias na infância muito frequente, apresentando os primeiros sintomas geralmente até os três anos da criança.

Tal como a bronquite, um dos sintomas mais comuns da asma é a tosse, se apresentando em fortes acessos, podendo dificultar bastante para que a criança respire.

É por essa razão que, muitas vezes, o uso de aparatos como bombinhas respiratórias se tornam necessários para auxiliar a respiração efetiva.

Com a realização do tratamento adequado, seguindo instruções profissionais, a asma pode ser mantida sob controle.

São utilizados medicamentos adequados ao quadro da criança, possibilitando que as funções respiratórias retornem ao normal com o tempo.

Muitos casos apresentam melhora até a fase da puberdade, podendo chegar a desaparecer, porém é preciso tomar cuidado, investindo no tratamento.

Ainda que seja uma doença muito comum na infância, ela tende a se tornar mais complexa conforme a idade aumenta, se agravando já na faixa adulta.

Dentre as infecções respiratórias na infância é uma das que mais requer cuidados atentos, principalmente quando ocorrem as crise.

Isso, pois além da intervenção medicamentosa, o controle da crise também se relaciona a manutenção da calma na criança, sendo indispensável um adulto de apoio, que se mantenha tranquilo e transmita isso a quem está vivenciando a crise.

Assim, é uma infecção que precisa englobar tanto a saúde física quanto emocional para evitar crises preocupantes.

 

O clima e o agravamento das infecções respiratórias na infância.

As infecções respiratórias na infância se definem enquanto algo a se dar atenção integral durante o ano, estando sempre em postura atenta a evitá-las.

Entretanto, isso se torna ainda mais importante durante os períodos mais frios do ano, nas estações do outono e principalmente no inverno.

Muitas destas infecções discutidas são causadas por bactérias, sendo transmitidas até mesmo por gotículas de saliva e, portanto, através da fala e respiração das pessoas.

Nas temporadas de frio as pessoas tendem a permanecer em situações de agrupamento, ficando fechadas em casa, no carro, no ônibus e em todos lugares.

Ainda que isso favoreça a se permanecer protegido do frio, não protege das infecções, mas sim facilita que elas sejam transmitidas entre os sujeitos.

Assim, é indispensável que se mantenha o ambiente com a possibilidade circular o ar.

Se agasalhe e forneça roupas adequadas a criança, evitando que exista a necessidade de manter o ambiente fechado, favorecendo as bactérias e a possibilidade de infecções respiratórias.

Como realizar a prevenção.

Por mais que a cada ano a medicina siga avançando, encontrando novas formas de tratamento efetivas para as doenças respiratórias, o melhor a ser feito é a prevenção.

Especialmente no cuidado das crianças, o cuidado deve ser constante, evitando que sejam acometidas por quaisquer infecções.

Perceba que, de modo geral, não é difícil evitar as infecções respiratórias na infância, bastando tomar cuidados simples.

Neste sentido, procure adotar medidas como:

  • Evite expor a criança a aglomerações;
  • Evite o contato da criança com pessoas doentes;
  • Pratique hábitos de higiene, não somente com a criança, mas mantendo mãos limpas, fazendo uso de álcool gel, antes de interagir;
  • Mantenha a criança em ambientes arejados;
  • Em nenhuma hipótese deixe de vacinar;
  • Mantenha a hidratação de forma adequada;
  • Aleitamento materno e alimentação adequada também se mostram essenciais.

Ademais, é sempre importante considerar que estes cuidados são ainda mais essenciais quando a criança ainda é bebê, especialmente nos primeiros meses.

Neste caso, além dos métodos já citados, é importante considerar questões como:

  • Favorecer a umidificação do ambiente, o fazendo através do uso de umidificadores ou mesmo um balde com água no ambiente;
  • Limpeza das vias aéreas com uso de soro fisiológico, o que deve ser feito com o auxílio de um profissional da saúde, principalmente em bebês muito pequenos.

Considerando estas informações, é possível notar que as medidas para prevenir as infecções respiratórias na infância é algo bastante simples.

São atitudes que podem ser exploradas durante a vida diária, sem requisitar grande esforço, bastando as trabalhar para que se tornem hábitos saudáveis.

No caso de a criança ser acometida por uma infecção estes cuidados se estendem, se acoplando aos necessários para cada o cuidado de cada quadro em específico.

Porém, é importante considerar que através dos cuidados preventivos adequados, se torna muito mais simples manter a criança livre de quaisquer infecções respiratórias na infância.

Se esforçar para tornar estas questões hábitos diários é favorecer uma saúde adequada à criança, permitindo uma infância mais proveitosa e um crescimento satisfatório e saudável.

 

Referências:

http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/infrespi.htm

https://www.pastoraldacrianca.org.br/campanha-antibiotico/infeccoes-respiratorias-nas-criancas

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https://certosaber.com/infeccoes-respiratorias-na-infancia-o-que-e/feed/ 0
TUBERCULOSE INFANTIL – Tudo que você precisa saber https://certosaber.com/tuberculose-infantil-voce-precisa-saber/ https://certosaber.com/tuberculose-infantil-voce-precisa-saber/#respond Sun, 12 Aug 2018 12:39:08 +0000 https://certosaber.com/?p=7240 A tuberculose infantil (TB) é uma doença infecto contagiosa causada por bactéria, conhecida também por bacilo de Koch, que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos.

Entre as Metas dos Objetivos de Desenvolvimento (ODM) estava previsto o combate à tuberculose no período entre 1990 a 2015. Entretanto, o controle da tuberculose infantil no Brasil continua sendo um problema complexo de saúde pública e elenca o país entre àqueles com altas taxas da doença. Nessa perspectiva, está entre os 22 países responsáveis por cerca de 82% dos casos de tuberculose no mundo, ocupando o 13º lugar em números absolutos no ranking entre os países com as maiores cargas da doença.

De acordo com a OMS, o Brasil tem uma incidência de 43 casos por 100 mil habitantes/ano, considerando-se que a taxa de incidência da forma pulmonar positiva atinge cerca de 26/100 mil habitantes. Mesmo com a oferta de tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda é apresentada uma taxa de mortalidade anual estimada de 2,6/100 mil habitantes.

No Brasil os 15% dos casos notificados de tuberculose infantil ocorrem em crianças menores de 15 anos. Cabe ressaltar que o percentual alarmante evidenciado relaciona-se com a prevalência da doença no adulto, mecanismo interferente na continuidade da transmissão bacilífera que infecta crianças após o contato recente.

Em 2017, diante da persistência da tuberculose e suas implicações na saúde pública, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da tuberculose, que apresenta como objetivo acabar com doença até 2035.

CAUSAS DA TUBERCULOSE INFANTIL

A infecção é ocasionada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch e caracteriza-se pela disseminação através do ar atingindo prioritariamente o pulmão, podendo chegar aos ossos, rins, cérebro, pele e inclusive coluna vertebral.

Em geral, o sistema imunológico tem grande importância no desenvolvimento da tuberculose, uma vez que a pessoa possa ter tido contato com a bactéria, mas a doença não será instalada necessariamente. Algumas desenvolvem a doença após contágio, enquanto outras apresentam um grande período de latência em que o microrganismo permanece adormecido e se manifesta apenas quando a pessoa sofre deficiência imunitária.

As crianças apresentam uma grande fragilidade diante do contágio com a tuberculose infantil. Os componentes da resposta imune ao nascimento são amadurecidos desde a concepção à vida adulta e, nesse sentido, ao final dos dois anos de idade a resposta imune inata consegue atingir a maturidade. No entanto, a resposta imune adaptativa será eficaz, comparando-se aos adultos, já no final da infância, o que torna as crianças um grupo de risco no contágio com a tuberculose.

Um dos principais entraves que contribuem com o aumento da tuberculose infantil é a não detecção precoce da doença e por esse motivo muitas crianças morrem sem diagnóstico ou tratamento. Cabe ressaltar também a ocorrência de erros no diagnóstico da tuberculose infantil, que de forma equivocada considera pneumonia bacteriana ou viral ao invés da tuberculose.

O grande impasse reside na dificuldade para confirmar microbiologicamente a tuberculose em crianças. A confirmação da tuberculose em adultos é realizada através de meios microbiológicos como a pesquisa de BAAR em esfregaços, do Xpert MTB/RIF ou até mesmo de culturas, porém apenas cerca de 30 a 40% dos casos são confirmados em casos de crianças com tuberculose infantil. Assim, o esfregaço negativo para BAAR em sintomatologia de tuberculose pulmonar óbvia na criança não exclui a possibilidade da doença.

O exame radiográfico do tórax é necessário, sobretudo, em caso de exame de escarro negativo, uma vez que a tuberculose infantil é de difícil de confirmação. Como as crianças raramente são contagiosas a outras pessoas, ocorrem subnotificações que impedem a evidência epidemiológica necessária para tratar e realizar mecanismos de prevenção e educação em saúde na região onde a criança reside.

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TUBERCULOSE INFANTIL
TUBERCULOSE INFANTIL

SINTOMAS

 

Os sintomas clínicos da tuberculose infantil são bastante abrangentes em crianças, que variam desde condições assintomáticas até as disseminadas mais graves.

A tosse consiste o principal sintoma da tuberculose infantil, podendo ser seca ou produtiva. Partindo dessa lógica, todos os indivíduos com sintomas respiratórios acompanhados de tosse por período superior a três ou quatro semanas devem buscar auxílio médico para investigação de maneira mais precisa.

A maior incidência dos casos de tuberculose em crianças é a pulmonar e a febre vespertina prolongada por mais de 15 dias apresenta-se como grande tendência. Ademais, a sudorese noturna, sensação de falta de ar, dores na região do tórax, emagrecimento e fadiga também são acrescidos à tosse para caracterizar a tuberculose infantil.

Segundo pesquisa realizada por Ana Paula Cano e colaboradores, no artigo  Tuberculose em pacientes pediátricos, publicado pela Revista Paulista de Pediatria em maio de 2017, foram verificados os sintomas da tuberculose infantil de acordo com a faixa etária de crianças com idade menor ou igual a 10 anos, enquanto a

outra faixa etária de crianças era acima de 10 anos. No total de 145 crianças, entre os sinais e sintomas avaliados, a tosse e febre foram os principais em ambas as faixas etárias, conforme Tabela 1.

 

Tabela 1. Distribuição dos sinais e sintomas da tuberculose de acordo com a faixa etária.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01035822017000200165&lng=pt&tlng=pt

 

Além da tuberculose pulmonar, existem diferentes tipos de tuberculose como a extrapulmonar, pleural, ganglionar, óssea, urinária, cerebral e ocular. A forma extrapulmonar ocorre com maior frequência em pessoas portadoras do vírus HIV e também a outras que possam apresentar comprometimento imunológico severo.

Quanto maior for o comprometimento do sistema imune, mais rapidamente os sintomas se tornam evidentes após a infecção, bem como dificulta o mecanismo de controle da doença.

 


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TRANSMISSÃO

 

O mecanismo de disseminação da tuberculose infantil é favorecido pela transmissão aérea, a partir de pequenas partículas aerossóis inaladas. Os bacilos presentes no indivíduo com tuberculose são lançados sob a forma de aerossóis no ar ao tossir, espirrar e até mesmo falar. Dessa maneira, a transmissão da tuberculose ocorre de forma mais efetiva enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos.

Estima-se que uma pessoa com baciloscopia positiva pode infectar, em geral, de 10 a 15 pessoas em uma comunidade, o que reforça a importância do tratamento precoce.

Com o início do tratamento terapêutico adequado é possível reduzir as chances de transmissão. Segundo a OMS, a administração correta do esquema terapêutico pode propiciar que a partir do 15º dia de tratamento, a transmissão bacilífera chegue a níveis insignificantes. Ainda assim o tratamento não deve ser interrompido, seguindo-se afim de que haja a negativação da baciloscopia.

Sabe-se que há correlação forte entre a transmissão bacilífera do adulto para a criança, sobretudo, pelo tratamento incompleto com esquema terapêutico no combate à tuberculose infantil, sendo responsável pelo aumento dos casos da doença em crianças.

Nas crianças, como a tuberculose pulmonar geralmente é negativa à baciloscopia, o tratamento também não deve ser interrompido e as medidas de controle de infecção devem utilizar outros exames para auxiliar no acompanhamento.

 

DIAGNÓSTICO

 

O diagnóstico da tuberculose em crianças é dificultado pela ausência de um exame que possa ser considerado padrão-ouro. Esse fato acontece devido a baixa sensibilidade e especificidade dos exames em crianças, e, sobretudo, pela confirmação através da identificação bacteriológica nem sempre ser possível.

Muitos casos a criança apresenta quadro inespecífico e oligossintomática, sendo a faixa etária de maior dificuldade diagnóstica e com maior risco de evolução para doença grave e morte.

Em geral, no diagnóstico em crianças são utilizados exames como a baciloscopia, mas o resultado pode ser falso negativo devido também a dificuldade de expectoração e coleta do material. O lavado gástrico (LG) é utilizado como procedimento alternativo que introduz uma sonda no estômago, irrigando-o com água, para obtenção de secreção e análise microbiológica confirmatória para tuberculose infantil.

O exame radiográfico do tórax é necessário, sobretudo, em caso de exame de escarro negativo, sendo um importante aliado na avaliação da criança com tuberculose. Na radiografia em crianças com TB podem ser verificadas áreas com opacidade persistente e atelectasias que não evidenciam melhora mesmo após utilização de antibióticos.

Em outras situações, a radiografia de tórax também é importante devido ao fato de que pode detectar lesões pulmonares antigas em pacientes que desconhecem que tiveram quadro tuberculoso. As lesões são denominadas de

“cavernas” que podem ser reativadas, formando um agravante e novo quadro de tuberculose pulmonar. Esses achados radiológicos são mais comuns em adolescentes com infiltrados apicais com ou sem cavitação ou derrames pleurais.

Na prática médica, segundo a Sociedade Baiana de Pediatria, o diagnóstico é fundamentado através do sistema de pontuação que apresenta condições de sensibilidade e especificidade elevadas em crianças HIV negativas e crianças HIV positivas, conforme exposto no quadro abaixo. Mesmo apontando referências de 2009, o quadro ainda hoje costuma ser utilizado para crianças e adolescentes com baciloscopia negativa.

 

 

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A avaliação da história clínica da criança com a avaliação do início dos sinais e sintomas, bem como a ocorrência de contato anterior com adultos que desenvolveram tuberculose consistem na sinalização de alerta para análise cautelosa sobre a confirmação diagnóstica da tuberculose.

Há também a interpretação da prova tuberculínica em que o teste cutâneo realizado de forma rápida no ventre do antebraço induz resposta inflamatória local em pessoas infectadas pelo bacilo de Koch.

Para diagnóstico das infecções extrapulmonares, que ocorrem geralmente após a infecção pulmonar, indica-se a realização de biópsia do órgão acometido.

 

PREVENÇÃO

 

A vacina BCG, embora não tenha determinado o fim da tuberculose infantil em nenhum país, é de suma importância para as crianças devido promover a proteção contra as formas graves da tuberculose miliar e meníngea e, por esse motivo devem ser administradas em crianças com até 5 anos de idade.

Além da vacinação, como a transmissão ocorre através do ar, deve-se evitar locais fechados e com aglomeração de pessoas, preferindo ambientes com maior ventilação e luz solar.

Outra informação crucial consiste em evitar o contato com pacientes que estejam ainda no início do tratamento ou que já seja de conhecimento a não adesão correta ao esquema terapêutico no combate à tuberculose infantil.

TRATAMENTO

 

O esquema terapêutico é realizado com antibacilares, geralmente dois ou mais, aplicando-se duração variável a depender da situação diagnóstica da criança, idade e condições de tratamento.

A administração da terapia medicamentosa não pode ser interrompida em hipótese qualquer sem que haja consentimento médico. Além disso, com o progresso da medicação, após 15 dias, a condição bacilífera para transmissão do bacilo de Koch se reduz a ponto da criança não transmitir a doença e poder retomar a rotina habitual.

O diagnóstico precoce e tratamento adequado favorecem o sucesso no controle da doença, uma vez que não se estenderá a outro órgãos que não prioritariamente o pulmão.

Os medicamentos no combate à tuberculose infantil são oferecidos gratuitamente no Sistema Único de Saúde através do rede de atenção municipal que utiliza  Centro de Diagnóstico Pneumológico para realizar a dispensação da medicação e orientação farmacêutica para a criança e sua responsável.

Em caso de contato com pessoas que foram diagnosticadas com tuberculose, é necessário que procure auxílio médico para verificar a necessidade ou não de tratamento profilático. Em geral, inicia-se o tratamento de prevenção para crianças menores, com observância de 3 meses depois do risco do contágio afim de evitar possível infecção.

No Brasil, a tuberculose representa um grande desafio à saúde pública. Apesar da disponibilização de tratamento com medicação gratuita, a dificuldade de acesso a médicos e a realização de exames na rede de atenção básica são quesitos edificadores da falta de competência do país para eliminar a doença.

De acordo com a OMS, a tuberculose infantil é considerada uma das 10 principais causas de morte infantil no mundo, uma vez que há cerca de 1 milhão de casos de tuberculose em crianças e ocorrem aproximadamente 130 mil mortes por ano.

Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em 2015, foram notificados no Brasil 83.617 casos de TB, dos quais 7.106 (8,5%) acometeram pessoas com idade inferior a 19 anos.

Dessa forma, como a infecção da criança é proveniente do contato prévio com adulto infectado, cabe à população também se informar acerca dos principais sintomas, como tosse persistente acima de 3 ou 4 semanas e se dirigir à atenção médica. Mais importante que apenas receber o diagnóstico é proceder com o esquema terapêutico adequado e garantir a não transmissão da tuberculose para familiares através do não abandono da terapia medicamentosa.

Afinal, os sintomas costumam desaparecer ainda dentro do primeiro mês de tratamento, mas caso haja a interrupção da terapia, a infecção pode se manifestar de forma mais agressiva e em algumas situações não consegue ser contida, levando o indivíduo a ser um transmissor do bacilo de Koch, bem como pode também levar o indivíduo ao óbito.

Referências Bibliográficas

 

https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/159772/001023329.pdf?sequence=1

http://portalms.saude.gov.br/saudedeaz/tuberculose

http://www.scielo.br/pdf/ress/v27n1/22379622ress2701e00100009.pdf

https://www.mdsaude.com/2009/04/sintomasdetuberculose.html

http://www.scielo.br/pdf/rpp/v35n2/01030582rpp201735200004.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010305822017000200165&lng=pt&tlng=pt

http://www.scielo.br/pdf/ress/v27n1/22379622ress2701e00100009.pdf

 

 

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