Essa síndrome decorre de uma série de danos cerebrais produzidas pelo ato de chacoalhar a criança, que devido à sua frágil estrutura corporal não suporta o gesto.
Abaixo exploraremos mais informações sobre essa síndrome, os sinais apresentados pelos bebês e formas de preveni-la.
Síndrome do bebê sacudido, como mencionado antes, é um conjunto de lesões cerebrais que decorrem do ato de sacudir o bebê, mesmo que apenas por alguns segundos.
Alguns profissionais deduzem que essa síndrome aponta para a ocorrência de abuso infantil, já que envolve o ato de sacudir violenta e intencionalmente a criança.
Segundo o El País, a síndrome se caracteriza como a principal causa de morte entre os bebês com menos de um ano.
Essa síndrome pode ocorrer até os 5 anos de idade, porém a ocorrência dela tende a ser maior nos primeiros anos de vida dos bebês, principalmente no período da vida da criança onde há um choro mais descontrolado.
Bebês com muita cólica são os mais propensos a sofrerem danos por conta de um gesto descontrolado, já que o choro deles normalmente é constante.
Diante um chacoalhar brusco, por exemplo, é possível que provoque danos no cérebro, o que pode resultar no cessar do choro.
E como sua musculatura do pescoço ainda não é bem desenvolvida, dando pouco suporte para a cabeça, ela gira sem controle, aumentando as chances de um trauma sério no cérebro.
Há casos em que a síndrome é causada por alguma brincadeira inadequada sem intenção de agredir o bebê, apesar de serem pequenos os casos, porém, a maior parte dos casos é causada pelos próprios pais ou babás da criança.
Durante um episódio de irritação por conta de um choro incessante, os cuidadores podem passar do limite entre um ninar e um chacoalhar a criança. E mesmo que por alguns segundos, esse movimento pode causar a síndrome do bebê sacudido.
A síndrome pode ser fatal ou causar lesões permanentes graves na criança, tendo como resultado uma série de deficiências.
A taxa de mortalidade da síndrome varia de 15% a 38% e entre suas consequências que não levam à fatalidade estão vários graus de danos visuais, podendo incluir a perda da visão, deficiências motoras e paralisia cerebral.
Em muitos casos os traumas externos não aparecem, mas eles são apresentados frente a um grupo de danos cerebrais:
A hemorragia retinal consiste em um distúrbio ocular onde há sangramento da retina.
O hematoma subdural é causado por uma hemorragia no cérebro que é responsável por aumentar a pressão intracraniana, causando lesão do tecido cerebral e compressão.
No caso de um hematoma subdural agudo há uma mortalidade elevada e é considerado uma emergência médica.
Caracterizada por alterações patológicas relacionadas no encéfalo que tem como consequência sinais inflamatórios do mesmo.
Há fatores psicológicos que são considerados de risco e podem influenciar na realização do ato de agressão.
Esses fatores podem variar entre expectativas não realistas sobre como o bebê deveria ser, pais jovens e inexperientes que já estejam passando por algum tipo de estresse e depressão.
O abuso de substâncias como álcool e drogas e tensões provocadas por situações econômicas também estão entre os fatores de risco que podem contribuir para agressividade e impulsividade.
Além dessas causas, também podem haver diagnósticos diferenciais para essa síndrome, apesar de ser menos frequentes.
Dentro desses diagnósticos podem se encontrar:
Pode haver uma confusão de diagnóstico de SBS em caso de doenças que causam algum tipo de problema de coagulação no sangue.
Através de uma análise hematológica e a colaboração entre médicos de diferentes especialidades, tais como oftalmologistas, hematologistas e pediatras, é possível excluir essa possibilidade.
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A meningite é uma doença responsável por causar a inflamação das camadas exteriores do cérebro, assim como da membrana da medula espinhal.
Algumas características dessa doença, que se caracteriza como sendo uma infecção viral, podem ser confundidas com a SBS.
Quando o bebê se afoga, mesmo durante a alimentação ou ingerindo algo, as vias respiratórias podem ser obstruídas, o que causa apneia, ou seja, uma parada respiratória, podendo ser percebido pela mudança na tonalidade na pele.
De frente com tal situação, os cuidadores podem entrar em pânico e realizar manobras de ressuscitação improvisadas ou de forma incorreta, causando a síndrome na criança.
Hemorragias causadas por lesões durante o parto ou anteriormente à ele podem também ser uma das explicações para a síndrome.
Uma lesão não percebida anteriormente poderia voltar a sangrar após um acidente, golpe ou o ato de chacoalhar, causando um hematoma no cérebro e desencadeando a síndrome.
Há o reconhecimento de que crianças estão constantemente sofrendo quedas diariamente, porém, a maioria dessas quedas não apresentam possibilidade de causarem lesões sérias ou fatais.
Apesar disso, ainda está presente o risco de que uma dessas quedas seja mais grave.
Os cuidadores devem procurar assistência médica em caso de quedas acidentais que aparentem gravidade ou que sejam de fato graves.
Quedas graves podem ter consequências cerebrais graves, ainda mais se apresentarem os mesmos sintomas da SBS, que indicam lesão cerebral.
Também existe o risco de um conjunto de quedas acabar causando a síndrome, por isso é importante se atentar aos sinais e procurar ajuda quando for necessário.
A doença de Von Willebrand consiste em uma anomalia na coagulação do sangue e tem caráter hereditário.
Ela ocorre por uma deficiência quali ou quantitativa em uma proteína que é necessária para que ocorra a adesão plaquetária.
Essa síndrome pode causar lesões que podem ser confundidas com a Síndrome do bebê sacudido.
Outra doença que pode causar lesões similares às da síndrome é a osteogênese imperfeita.
Esta é uma doença genética, causa afetando da síntese de um tipo de colágeno e, desta forma, o bebê fica com fragilidade óssea, o que pode resultar na preocupante possibilidade de constantes fraturas.
Caso haja problemas na gestação que afetem tanto a mãe quanto o feto podem apresentar sintomas similares à SBS.
Todo o processo do parto, prematuridade do bebê ou problemas envolvendo deficiências nutricionais podem abrir espaço para o desenvolvimento de patologias esqueléticas ou até mesmo hemorrágicas.
Essas patologias podem apresentar manifestações muito parecidas com a síndrome até mesmo antes do nascimento.
Além dessas outras causas há mais uma variedade de causas que podem causar lesões similares ou deixar mais propício para que a síndrome do bebê sacudido ocorra.
Entre essas causas também se encontram a deficiência de vitamina C e também hematomas espontâneos.
Todos esses problemas só podem ser identificados corretamente com o auxílio de um médico e uma bateria de exames, mas são as causas menos frequentes da síndrome.
As manifestações da síndrome do bebê sacudido se dão em múltiplas fraturas dos ossos longos, hemorragia retiniana e hemorragia cerebral.
Esses também são sinais que foram, ao longo dos anos, reconhecidos como sendo sinais de maus tratos infantil e sinais próprios da síndrome.
Existem muitos sinais da síndrome que indicam a possibilidade de a criança ter vivenciado algum trauma.
Estes sinais são considerados na avalição, tendo ênfase aqueles que não podem ser baseados em possíveis acidentes ou anormalidades médicas.
A síndrome do bebê sacudido apresenta alguns principais sinais como:
Além desses sinais, podem haver, também, manifestações que não são visíveis. Sendo eles: hemorragia no cérebro e nos olhos, fraturas nas costelas ou danos no pescoço e na medula espinhal.
Nos casos em que os sinais são moderados, as crianças podem não apresentar que sofreram algo, porém a longo prazo podem apresentar problemas de saúde e de desenvolvimento.
As sequelas mais graves da síndrome do bebê sacudido normalmente ocorrem em bebês menores do que 6 meses de idade.
O cérebro de uma criança com até os 2 anos de idade ainda é muito frágil, porém é possível ver mais danos quando o movimento violento é feito nos primeiros anos de vida da criança.
Nos bebês vítima da síndrome, podem acontecer:
A morte pode decorrer da ruptura de nervos ou vasos sanguíneos que chegam até o cérebro.
É importante ficar atento aos sintomas apresentados pela criança, ainda mais se esses sintomas acontecerem posteriormente à um movimento brusco ou um acidente.
Caso a criança esteja apresentando os sinais indicados acima, é de extrema importância que seja levada ao médico para que a criança receba o tratamento necessário.
Se anomalias forem detectadas no raio-x ou na tomografia tirada da criança, ela terá que passar por uma série de procedimentos que variam dependendo do caso.
O tratamento consiste em monitoramento da pressão dentro do crânio da criança, chamada de pressão intracraniana. Também é feita a drenagem do fluído craniano para controlar a pressão, caso necessário.
Em caso de presença de um hematoma dentro do cérebro, é necessário ser feito a drenagem do sangue.
Ficar atento se a criança apresenta algo que indique que ela tem medo de algum parente ou cuidador também é importante, já que isso pode ser um indicativo de maus tratos ou que são feitas brincadeiras agressivas.
Durante o manejo da criança recomenda-se ter atenção com a forma de segurar e transportar ela para minimizar qualquer impacto ou risco de acidente.
É importante embalar o bebê com cuidado, sempre dando suporte para sua cabeça, sustentando-a com a mão, ou usando um carrinho para transportá-lo com segurança.
Mesmo que o terreno por onde se passa com o carrinho cause algumas sacudidas, isso não apresenta nenhum risco para a saúde da criança.
Os fatores de risco apontados anteriormente aumentam o risco de que ocorra a agressão à criança por conta de irritabilidade ou perda de controle.
O cuidado por alguém que está sob instabilidade emocional, passando por questões de grande estresse ou depressão, por exemplo, deve ser mediado por algum profissional da saúde, visando auxílio adequado no processo.
Um recém-nascido requer muitos cuidados e demanda muita atenção, podendo ser difícil para os cuidadores de adaptarem à essa constante demanda.
A importância de se procurar acompanhamento psicológico e aconselhamento não está apenas no suporte que o processo dá aos pais, mas também na redução do risco e na qualidade da relação com o bebê.
Procure se informar e informar outros adultos quais são as graves consequências de sacudir uma criança ou brincar com ela de forma violenta. A informação também é uma forma de diminuir os riscos.
Apesar da síndrome ter uma frequência considerável, ainda é desconhecida por algumas pessoas e por pais de primeira viagem.
Aconselhar os pais ou as pessoas que irão cuidar da criança pode prevenir graves consequências futuras por conta da falta de informação.
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O choro faz parte de uma fase de crescimento da criança, estando presente nos primeiros meses de vida.
Seja para pedir coisas, anunciar que está com fome ou a fralda está suja, o choro é uma forma do bebê se comunicar com os pais e é algo que melhora com o tempo.
A cólica ou outros tipos de dores que o bebê pode sentir também são fatores que influenciam a criança a chorar.
É importante levar a criança a um profissional, em caso de choro excessivo e constante, conversando a respeito das formas de a acalmar, assim como para a realização de exames.
Com todas essas informações é importante agir no momento certo em que os sinais aparecem para reduzir a possibilidade de danos graves ou até mesmo uma fatalidade e ter cuidado ao carregar ou brincar com a criança.
Passar a informação também é uma forma de cuidar e prevenir que mais casos aconteçam, assim como instruir mais pessoas sobre o que fazer em caso de suspeita de Síndrome do bebê sacudido.
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_do_beb%C3%AA_sacudido#Diagn%C3%B3stico_diferencial
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/03/22/ciencia/1490179256_566279.html
]]>Leia com muita atenção, pois estas informações serão de muita ajuda!
O termo “meningite” significa a ocorrência de um processo inflamatório das membranas que envolvem o cérebro – as meninges! Na criança, esse problema de saúde merece especial destaque e atenção, devido à sua grande freqüência (é um problema bem mais comum do que se imagina) e gravidade (em alguns casos). TODAS as pessoas são suscetíveis à meningite, porém as CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS (especialmente as que têm até 1 ano de idade) são as mais vulneráveis.
Na maioria dos casos, a transmissão ocorre de pessoa a pessoa, através de gotículas e secreções das vias respiratórias. Importante dizer que a meningite na infância (Precaução para meningite) só é transmitida em situações de contato íntimo, ou seja, pessoas que vivem na mesma casa, que dormem no mesmo lugar (alojamentos, dormitórios), crianças que são da mesma creche ou escola, namorados, entre outros. Alguns tipos de meningites podem ser transmitidos por água ou alimentos contaminados, de modo que nunca devemos nos esquecer da higiene pessoal e dos alimentos que consumimos.
3 a 4 dias costuma ser o período de incubação da meningite na infância (Precaução para meningite), podendo variar para mais ou para menos, a depender da causa. A meningite tuberculosa (que falaremos mais adiante) ocorre nos 6 primeiros meses após a infecção.
Isso também depende do agente causador. Em alguns casos de meningite bacteriana, após as primeiras 24 horas de tratamento, a transmissão já não existe mais!
Nos primeiros meses de vida, os bebês estão protegidos por anticorpos presentes no leite materno! Essa imunidade vai diminuindo até os 3 meses de idade, porém os neonatos (bebês com até 28 dias de nascidos), raramente adoecem com meningite na infância (Precaução para meningite). Ou seja, é MUITO IMPORTANTE amamentar seu filho, lembrando que as crianças com menos de 6 meses SÓ PRECISAM DO LEITE MATERNO para crescer com saúde. Quem tem menos de 6 meses, nem de água precisa. A partir dessa idade, você pode inserir alimentos fáceis de mastigar, com a orientação do pediatra.
Diferentes agentes podem causar esta doença em crianças e adultos. Dentre eles, os que merecem destaque são: bactérias, vírus e fungos. Outra causa possível (embora menos comum) de meningites é o trauma. Bom, vamos falar um pouco de cada uma dessas causas agora.
– Meningite bacteriana: estes agentes etiológicos estão associados a quadros mais sérios de meningite, de modo geral. Os pais que desconfiarem que seu filho (a) pode estar com a doença devem ficar atentos a manchas avermelhadas na pele, que ajudam a identificar um tipo de bactéria mais agressivo. As meningites bacterianas podem deixar sequelas sérias.
– Meningite viral: de modo geral, são menos perigosas e não possuem a característica de deixar sequelas. Um grupo de vírus chamados de “Enterovírus” são os principais envolvidos – eles predominam nas estações mais quentes: primavera e verão.
– Meningite por fungos, protozoários e vermes (hemintos): são agentes menos comuns no contexto das meningites, porém os médicos pediatras e infectologistas os têm em mente, sempre que os outros tipos não parecem se encaixar com o quadro da criança.
– Meningite tuberculosa: apesar de poucas pessoas saberem, é possível que a criança seja acometida por meningite, devido à convivência com alguma pessoa com tuberculose. É muito importante dizer ao médico se há pessoas doentes convivendo com a criança. Em boa parte das vezes, os pais dirão que não conhecem ninguém com meningite e, portanto, a criança não teve um contato conhecido. Você sabe, agora, no entanto, que a bactéria que leva à tuberculose também pode levar à meningite nas crianças (Precaução para meningite)!
As principais manifestações clínicas das meningites variam conforme a causa, mas possuem em comum:
Os pais, no primeiro sinal de doença, devem levar a criança ao hospital. Se você não possuir plano de saúde, leve seu filho para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs ou o que tiver de mais parecido na sua região). Hospitais especializados em infectologia também são uma boa escolha. É bastante comum que as crianças comecem o quadro com febre e vômitos, então preste atenção no momento em que a doença começou, quantos vômitos a criança teve até o momento e com quem ela teve contato nos últimos dias ou semanas. IMPORTANTE: NÃO DÊ ANTIBIÓTICOS POR CONTA PRÓPRIA PARA O SEU FILHO, pois isso pode levar a conseqüências graves para a saúde dele no futuro. Deixe-o aos cuidados dos profissionais responsáveis!
Sim, existem! Doenças febris hemorrágicas, tais como septicemias, febre purpúrica brasileira, ricketsioses podem fazer um quadro parecido com a meningite bacteriana. Gripes, resfriados e infecções intestinais também podem ser incluídos nessa categoria. Daí a importância crucial de levar a criança ao médico e evitar dar diagnósticos a partir de “achismos” ou pesquisas na internet! Estamos aqui apenas para dar uma orientação!
O diagnóstico de meningite na infância (Precaução para meningite) também é feito com o auxílio de importantes exames, entre eles o EXAME DO LÍQUIDO DA ESPINHA (LCR ou líquido cefalorraquidiano). Em toda criança com suspeita de meningite na infância (Precaução para meningite) deve ser feita a retirada de certa quantidade de LCR, um líquido claro que corre entre as meninges. A partir dessa coleta, é possível ter informações que levarão o médico a confirmar o diagnóstico, saber o agente causador e a gravidade da doença. Esse exame é feito utilizando uma agulha, que será inserida em uma determinada região das costas. Deve ser feito apenas por um médico ou por um aprendiz supervisionado. Outros exames que podem ser feitos são: raspado de lesões de pele (se presentes), exame de sangue (que avaliará presença de bactérias da meningite no sangue, além de informações gerais de grande importância).
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O tratamento dependerá do tipo de agente causador da doença. É importante passar todas as informações possíveis ao médico que irá atender a criança, para que ele tenha plenas condições de dar o diagnóstico e tratar do jeito certo.
Quando a criança chega ao hospital com suspeita de meningite bacteriana, o tratamento com antibióticos é feito tão logo seja possível. Os médicos costumam realizar o exame do LCR e o exame de sangue antes de iniciar as medicações, para que o antibiótico não atrapalhe o diagnóstico. É FUNDAMENTAL NÃO MEDICAR A CRIANÇA COM ANTIBIÓTICOS POR CONTA PRÓPRIA. Além do risco de desenvolver bactérias mais agressivas e resistentes, isso pode atrapalhar o diagnóstico e o tratamento da criança, podendo levar a sequelas graves. No hospital, poderão ser utilizadas medicações como:
– Ampicilina
– Gentamicina
– Amicacina
– Ceftriaxone
– Penicilina
– Cloranfenicol
– Sulfametaxazol + Trimetopim.
Além disso, deve haver todo um cuidado com a hidratação da criança e um suporte geral. Alguns estudos sugerem o uso de medicações que suprimem o sistema imune, chamadas de corticóides, mas ainda não há um consenso entre os especialistas. O tratamento costuma durar de uma a duas semanas e a criança ficará internada, durante esse período.
As meningites virais, como já foi dito, são menos perigosas que as bacterianas. Como acontece em outras doenças causadas por vírus (também chamadas de viroses), não é feito nenhum tratamento com antibióticos. As medicações que combatem os vírus, as ANTIVIRAIS, são utilizadas apenas em casos específicos de meningite viral. Na maioria das vezes, a meningite viral é tratada com internação para acompanhamento médico, cuidados com a hidratação da criança e controle dos sintomas.
– Meningite tuberculosa: os médicos decidirão por um tratamento específico para Tuberculose, além de usar medicações de inibem o sistema imune. Os principais medicamentos são: rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol. Também são utilizadas prednisona ou dexametasona (corticóides).
– Meningite por fungos, helmintos: tratam-se de tipos mais raros de meningites e serão usadas medicações específicas.
Bom, ninguém deve achar que poderá ficar curado da meningite na infância (Precaução para meningite) com o uso de remédios caseiros. Há, porém, uma série de sucos e chás caseiros que podem ajudar a manter a criança hidratada e nutrida. Se você perceber que seu filho está adoentado, com sintomas parecidos com os de meningite, é importante o uso de:
– sucos de laranja, acerola, limão;
– chás de plantas como hortelã, erva-doce, equinácea;
– se a criança estiver vomitando bastante, não tenha medo de dar MUITA ÁGUA!
Pois bem, existem dois tipos de cuidados principais que você pode ter com a criança, para protegê-la desta doença perigosa! Primeiro, é muito importante garantir que seu filho tenha todo SUPORTE NUTRICIONAL necessário. E como conseguimos isso?
– Aleitamento materno EXCLUSIVO até os 6 meses! Sim, nada de frutinhas, leite de caixa, nem mesmo água… O bebê precisa de leite de peito, pois ele é capaz de proteger contra inúmeras doenças. Como vimos acima, recém-nascidos raramente têm meningite, graças à proteção do leite da mãe.
– Alimentação balanceada (além do leite materno), a partir dos 6 meses de idade. Todas as mães precisam procurar um pediatra, para que ele dê orientações sobre o que a criança e pode e não pode comer. É essencial manter seu filho bem nutrido, para que as proteções naturais se desenvolvam e ele crie força para combater infecções.
– Evite comidas industrializadas! Alimentos processados, achocolatados, salgadinhos, enlatados, comidas com muito sal ou muito açúcar… Tudo isso deixa a criança sujeita a inúmeras doenças sérias no futuro (como diabetes e hipertensão), mas também faz com que as defesas dela sejam pouco desenvolvidas. E isso pode abrir caminho pra bactérias e vírus causadores de meningites.
A segunda, mas não menos importante maneira de prevenir as meningites é através da VACINAÇÃO e EVITANDO CONTATOS com pessoas que tenham a doença. Vamos falar das vacinas e alguns cuidados especiais?
– Vacina TETRAVALENTE: protege contra difteria, tétano, coqueluche e a bactéria H. influenzae tipo B (uma das causadoras de meningite na infância). Essa vacina é obrigatória, faz parte do calendário vacinal e é recomendada para criança menores de 1 ano de idade. A criança deverá tomar a tetravalente em três doses (2, 4 e 6 meses de idade).
– Vacina contra o H. influenzae tipo B: não é uma vacina recomendada para todas as crianças!! Meninos, meninas e adolescentes que possuam problemas de saúde como HIV/AIDS, ausência de baço, diabetes, problemas renais, algumas alterações genéticas (trissomias), problemas no coração e/ou pulmões, asma, entre outros, deverão tomar a vacina, após a orientação do pediatra.
– Vacina contra o Bacilo de Koch: é aquela que previne contra as formas graves de tuberculose, e desse modo, também ajudará na prevenção da meningite tuberculosa! Toda criança toma a vacina contra o BCG ao nascer.
– Vacina contra os Meningococos A e C: não é feita de rotina nos serviços de saúde, mas pode ser indicada em períodos de surtos. Não oferece boa proteção para crianças menores de 2 anos e costuma proteger por 12 a 24 meses.
– Vacina conjugada contra o Meningococo C: apenas indicada em grupos especiais, como crianças que não possuem baço ou aquelas que convivem com HIV/AIDS.
– Evitar contato com casos suspeitos!! Quando surgirem casos suspeitos no colégio ou na comunidade, é muito importante conversar com a escola e garantir que seu filho não tenha contato com uma criança que esteja com meningite.
– Caso você suspeite que seu filho esteja com meningite, evite levá-lo ao colégio ou à creche! Lugar de criança, quando está doente, é perto do médico e dos cuidados da família! Nós somos responsáveis pela nossa saúde e pela saúde das pessoas em nossa volta.
– E lembre-se: nunca, nunca medique seu filho com antibióticos por conta própria!
Cuidar da saúde da criança é dever dos pais, dos médicos e da comunidade.
Como nós já dissemos, a meningite na infância (Precaução para meningite) é uma doença contagiosa (na maioria dos casos), portanto, é muito importante evitar que seu filho esteja próximo a outras crianças. Leve seu filho, quando doente, ao hospital, às UPAs, ao pediatra! Nunca trate seu filho em casa, muito menos com antibióticos!! A saúde das nossas crianças agradece!
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