Alimentação saudável infantil: quais são os bons hábitos e como criá-los
Falar de alimentação saudável infantil significa incentivar e proporcionar às crianças alimentos saudáveis. Fazer com que elas comam pratos nutritivos exige esforço e criatividade para torná-los atraentes.
Isso porque as guloseimas, cheias de açúcares ou gorduras, que são ruins para a criança, são normalmente as preferidas delas. Um bom prato nutritivo que consiga atrair o seu filho pode inclusive saciá-lo bem, de modo que ele não sinta necessidade de comer essas guloseimas.
Outro fator que não pode ser menosprezado é o da interação social, dos hábitos e do comportamento. Manter a família unida à mesa, por exemplo, é uma estratégia simples, mas que costuma trazer bons resultados. Veremos mais no post de hoje.
Conteúdo
Os nutrientes fundamentais para a criança
De forma geral, entender como é feita uma alimentação saudável infantil significa estar atento aos nutrientes fundamentais para a criança. Dividimos abaixo em diferentes categorias:
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As fontes de carboidratos
Os alimentos ricos em carboidratos representam as melhores fontes de energia. Elas são uma boa alternativa aos açúcares, uma vez que seu filho não deve se tornar dependente dos doces.
- Dê pães, massas e grãos, preferindo os integrais
- Os cereais matinais podem ser bons, mas dê preferência aos que não contenham flavorizantes ou açúcares
- Alimentos como a aveia combinam boa parcela de carboidratos com fibras
- Dê algum desses alimentos no café da manhã, pode ser inclusive acompanhado de frutas
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As fontes de proteínas
Para a criança continuar o seu desenvolvimento, precisa de proteínas. Elas são fundamentais para que a criança ganhe peso, altura e, sobretudo, para que o cérebro e os ossos continuem sua progressão natural.
- Insira carnes sem gordura na alimentação da criança
- Carnes em geral, ovos e produtos derivados do leite são os alimentos proteicos mais completos
- As fontes vegetais de proteína são mais presentes na soja, no brócolis e na quinoa, no entanto são incompletos
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Inserindo as frutas e as verduras
Além desses macronutrientes que foram expostos acima (carboidratos e proteínas), há ainda uma série de outras propriedades necessárias para o desenvolvimento do corpo da criança. A alimentação saudável infantil precisa ainda de mais vitaminas e minerais.
Ótimas fontes desses, são as frutas e as verduras. Elas devem estar presentes no máximo de refeições que for possível e, quanto maior for a variedade, melhor. Para saber melhor as porções (por exemplo, limitar-se a três frutas diárias), consulte o pediatra.
Hidratar-se é ainda mais importante em crianças
Atualmente, é do conhecimento de praticamente todos que o corpo humano é formado majoritariamente por água. A concentração dela, num indivíduo adulto, é de 65%. Numa criança, isso é ainda mais elevado, chegando a 80%.
É exatamente por isso que manter-se hidratado é ainda mais importante quando mais jovem. A água é sempre a melhor opção, mas sucos (de preferência sem açúcar) são outras boas opções. Evite os industrializados e, claro, os refrigerantes, que são dois dos maiores responsáveis pela obesidade infantil.
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Alimentação saudável para menores de 2 anos
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde (MS) têm orientações bem específicas para os menores de 2 anos. Aqui, o que é alimentação saudável infantil muda um pouco.
A primeira orientação nesse caso é evitar toda e qualquer fonte de açúcar. Açúcares não devem ser consumidos por crianças menores de 2 anos em nenhum caso, de acordo com a SBP e o MS. Preparações feitas com açúcar ou sucos de caixinha ou em pó, industrializados, devem ser evitados.
Uma publicação, aliás, do próprio Ministério da Saúde, resume em dez passos o que deve ser feito:
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Até os 6 meses, dar somente o leite materno, sem dar qualquer outro alimento, nem chá ou água
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Então, a partir dos 6 meses, introduzir outros alimentos lenta e gradualmente, mas manter o aleitamento materno até os 2 anos, fazendo uma redução aos poucos
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Após os 6 meses também, está liberado dar alimentos complementares três vezes ao dia, como carnes, tubérculos, frutas, leguminosas, cereais e legumes
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Ofereça esses alimentos complementares nos horários em que a família faz as refeições normalmente, respeitando, é claro, o apetite da criança
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Dê esses alimentos complementares pastosos ou amassados, de forma espessa, com uma colher. Pouco a pouco, vá deixando a consistência mais sólida.
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Varie os alimentos e torne-os atraentes, sobretudo com cores
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Oferecer e estimular a ingestão de legumes, frutas e verduras nas refeições é essencial
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Evite as guloseimas (doces, industrializados, frituras, café açúcares, etc) e usar sal moderadamente
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Higienize os alimentos e o ambiente, bem como armazene-os corretamente
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Se a criança estiver doente, dê os alimentos saudáveis preferidos e habituais, mas respeite a aceitação dela
Criando e mantendo a interação familiar
Bom, agora é hora de pensar em como aplicar essas dicas ao dia a dia e às crianças maiores. É comum que elas tenham uma certa resistência em aceitar a alimentação saudável infantil, especialmente se já tiveram contato com as guloseimas.
Ainda assim, é claro, é possível mudar isso. Uma boa dica é ter um cardápio interativo e atraente, com, por exemplo, muitas cores. Algo que já foi objeto de nosso post anterior. No entanto, nem tudo se resume a isso e a interação familiar também pode ajudar.
Um bom hábito, e que foi ressaltado pelo Ministério da Saúde para os menores de 2 anos e que é válido para todos, é acostumar a criança a ter suas refeições com a família. No mesmo horário e na mesma mesa. São vários os motivos disso, mas dois são de nosso particular interesse.
O primeiro deles é que cria laços familiares, deixando todos unidos e passando uma imagem positiva à criança. O outro, é que cria uma rotina alimentar nela que se une à da família, evitando, assim, comer guloseimas fora de hora.
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Não é à toa que esses dois são considerados pelos especialistas como essenciais na alimentação saudável infantil. Aliás, mais do que eles, é possível até incluir o seu filho no próprio ato de cozinhar.
É claro que sempre respeitando o que ele pode ou não mexer, conforme a idade. Caso seja possível fazê-lo sentir parte dessa hora também, certamente os alimentos se tornarão mais saborosos e convidativos.
Também não é por nada que as pesquisas apontam que as crianças com alimentação caseira têm menos chance de ter obesidade infantil. Elas se sentem mais atraídas às comidas saudáveis, ao mesmo tempo em que os pais conseguem controlar melhor o que elas comem. De fato, todos ganham, sobretudo o seu filho.
Ensine à criança bons hábitos para comer
A alimentação saudável infantil pode (e deve) ser ensinada em casa. O papel dos pais aqui é de estimular e prover as refeições mais nutritivas às crianças. Ao mesmo tempo, por certo, deve incentivá-las a gostar desses cardápios.
Para isso, existem algumas medidas que são ensinadas em casa, com maior ou menor dificuldade. Quanto mais acostumada a criança estiver com guloseimas e coisas do tipo, claro que será mais difícil ensinar. Só que isso não é tarefa impossível.
Em primeiro lugar, seja qual for o caso, procure evitar as imposições e as agressões. Isso nunca é a forma correta de lidar e pode acabar tendo inclusive o efeito contrário ao desejado. Explique o que está no prato e o motivo pelo qual é importante consumir aquilo.
Além disso, varie os alimentos com uma certa constância. É bom até mesmo que as crianças tenham a sensação de que estão escolhendo. Por isso mesmo, pode até dar algumas opções, todas nutritivas.
De igual importância é ter respeito com o momento da refeição. A família deve comer unida, à mesa. Para isso, desligue as televisões, os tablets, smartphones e tudo que for desviar a atenção. O foco deve ser a alimentação e a interação familiar.
É relevante também que esse momento seja de tranquilidade e de bem-estar. A criança deve se sentir acolhida e feliz nesse momento, e não querendo sair da mesa o mais rápido possível. Ensiná-la a aproveitar o momento ajuda a que ela prefira os alimentos saudáveis.
Mesmo na hora de comprar os alimentos ou prepará-los a criança pode ajudar. Fazê-la participar é fazê-la gostar desse momento.
Mais um ponto, aliás, tem a ver com a alimentação fora de casa – e falaremos especificamente sobre a escola a seguir. Lá, seu filho deve ter igualmente refeições saudáveis e balanceadas.
A alimentação na escola
De acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde Escolar de 2015 (Pense 2015), 92% das escolas particulares brasileiras têm uma cantina ou ponto de venda de lanches. Entre as públicas, 54% disseram possuir o mesmo.
Isso quer dizer que a alimentação saudável infantil pode ficar em cheque se não tiver um bom suporte familiar. Lá, as crianças podem ter acesso a alimentos que não são nutritivos. Os salgadinhos e os refrigerantes, por exemplo.
Mas então, como proceder nessa situação? Muitos pais ficam inquietos e desanimados pensando nisso. Afinal, passa o tempo todo em casa e nas férias ensinando o filho, para que ele seja exposto então às guloseimas na escola.
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Primeiro, temos de esclarecer que esses produtos ultra processados vendidos em cantinas não são bons. Eles possuem uma densidade energética muito elevada. Ao mesmo tempo, têm menos nutrientes, vitaminas e minerais.
Eles podem até causar doenças crônicas. São exemplo a obesidade, a diabetes, a hipertensão, algumas doenças cardiovasculares e até mesmo o câncer. Por certo, todos esses impactam negativamente no bem-estar de qualquer um, quanto mais no de uma criança.
O Ministério da Saúde recomenda que seja feito um planejamento em casa das refeições semanais da criança. Utilize as dicas que demos na seção acima, como de dá-la uma sensação de escolha.
Leia nosso artigo sobre obesidade infantil
Com o tempo, é provável que até mesmo a criança passe a querer inserir os alimentos saudáveis. Os pais devem incentivar isso, incluindo de alguma forma os filhos nas decisões. Nunca é positivo reprimi-lo com agressões verbais.
O ideal é ir com a conversa, dialogando sobre o que ele gostaria e o que é possível. Dê opções entre as quais todas sejam saudáveis e que, de alguma forma, ele goste de alguma. Nunca o xingue por estar com sobrepeso ou algo assim, isso será ainda pior.
As consultas médicas
Todos esses elementos descritos até aqui, são importantes para o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. A alimentação saudável infantil impacta nele. Quem deve avaliar esses fatores periodicamente é o pediatra.
A primeira dica, aqui, é ter um pediatra de confiança da família. Consultar sempre que possível com o mesmo médico é importante, uma vez que ele irá acompanhar e medir de perto o desenvolvimento de seu filho.
Esse desenvolvimento tem variáveis como o crescimento em tamanho e o peso de acordo com a idade. No entanto, não é só isso. Uma alimentação saudável infantil tem efeitos no organismo como um todo.
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Se a criança consome pouco ferro, por exemplo, o cérebro não irá se desenvolver como deveria. O pediatra deverá acompanhar também como a criança age, como e se ela fala, qual o relacionamento dela com os pais, entre outros fatores.
Além disso, é claro, o médico também irá fazer algumas recomendações. Ele provavelmente irá querer saber como seu filho está se alimentando. Então, irá sugerir alguns alimentos para inserir ou retirar da dieta, bem como irá indicar as porções de cada.
Se tiver dúvidas, pergunte-as nesse momento. Embora a alimentação saudável infantil seja primordial, as dicas aqui são para as crianças em geral. Contudo, cada indivíduo tem características próprias, e certamente seu filho tem as dele também.
Isso está relacionado ao ambiente em que vive, aos costumes e ao comportamento. Cada um pode indicar a presença ou o excesso de algum nutriente, que deve ser retirado ou complementado.
Como dissemos antes, os alimentos ultra processados e industrializados são extremamente nocivos à saúde. Eles que são os responsáveis por atrasar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Além disso, podem gerar uma série de doenças crônicas.
Mensagem final
Como forma de mensagem final, ressaltamos que alimentar seu filho com comidas nutritivas é importante. Fique de olho e estimule seu filho a gostar de um cardápio nutritivo. É primordial para a saúde e para o desenvolvimento dele.
Referências:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/passos_alimentacao_saudavel_menores_2anos_1edicao.pdf
https://www.sophiederam.com/br/comportamento-alimentar/alimentacao-saudavel-infantil/
http://ser.vitao.com.br/alimentacao-saudavel-para-criancas/
https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/5-dicas-de-alimentacao-saudavel-para-criancas_a993/1
https://www.wickbold.com.br/dicas-para-uma-alimentacao-infantil-saudavel/
9 Comments
Boa noite, me chamo Priscila e descobrir qus minha filha Maria Fernanda está com gordura No fígado e a insulina quase no limite. Queria umas dicas de alimentação, se possível. Minha filha tsm 11 anos. Obrigada!
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