Anemia Infantil – Como lidar com esse problema
A anemia é um problema de saúde de nome muito conhecido, embora a maioria das pessoas não saiba exatamente o que implica esta doença.
É importante estar ciente dos pormenores envolvidos, especialmente considerando que também afeta as crianças.
No Brasil 45% das crianças até os 5 anos apresentam quadro de anemia, então conhecer seus sintomas e tratamento é essencial para os pais e cuidadores.
Conteúdo
O que é a anemia infantil?
Quando se fala em anemia infantil em geral a primeira coisa que as pessoas associam é uma condição que causa muita fraqueza e que seria causada por alimentação inadequada.
Embora esse entendimento não esteja incorreto, a anemia infantil é mais do que isso, sendo uma situação na qual ocorre baixo transporte de oxigênio pelo corpo do indivíduo.
O organismo transporta o oxigênio necessário através da hemoglobina, uma substância presente no sangue e que é conduzida pelas hemácias ou glóbulos vermelhos.
Leia nosso artigo sobre alimentação saudável infantil
Ainda que existam diversos tipos de anemia, apresentando variações no modo como a doença afeta e acomete a pessoa, a característica principal mantém-se relacionada ao baixo nível de hemoglobina.
Assim, quando estes níveis estão baixos, o organismo não tem níveis ideais de oxigênio disponível para realizar suas funções, resultando nos sintomas recorrentes de um quadro anêmico.
Nas crianças o quadro causa defasagem na energia para brincar, estudar e também pode atrapalhar no desenvolvimento adequado.
Além destes, outros sintomas apresentam-se, podendo variar a depender do tipo do quadro, assim como em cada sujeito.
É importante buscar compreender a doença, enfrentando-a e a tendo como algo que deve ser entendido com seriedade dada suas possíveis complicações.
Do mesmo modo, cabe também estar atento as possibilidades de tratamento e como ocorre sua prevenção.
Quais são os tipos?
A anemia infantil é uma doença que se divide em diversos tipos ou categorias, as quais referem-se ao modo como afetam o indivíduo, assim como pelos motivos que surgem.
As crianças, assim como adultos, podem sofrer de todos os tipos, sendo a mais comum e popularmente conhecida a anemia ferropriva, a qual resulta de baixos níveis de ferro no organismo.
É por esse motivo que, por vezes, observa-se o comportamento de aumentar a quantia de alimentos que contém níveis altos ferro na alimentação de quem possui suspeitas do quadro.
Entretanto, uma vez que existem outros tipos, é muito importante compreender que os sintomas são similares, mas o tratamento será diferente.
Por esse motivo, mais do que estar atento a saúde das crianças é preciso fazer exames regulares, avaliando o quadro geral de desenvolvimento.
Além da anemia ferropriva, a doença pode apresentar-se como:
- Hereditária;
- Baixa vitamina B12;
- Aplástica;
- Hemolítica;
- Baixa produção de glóbulos vermelhos.
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As anemias hereditárias tem sua causa relacionada a motivos de origem genética, os quais causam alterações no processo de produção dos glóbulos vermelhos.
Neste caso, apresenta-se o subtipo falciforme, no qual a genética do indivíduo causa alterações nos glóbulos, tornando-os mais frágeis.
Devido a fragilidade, as membranas não conseguem se manter inteiras por muito tempo, se desintegrando com maior facilidade.
Isso resulta em dificuldade para o transporte de oxigênio e, consequentemente, em um quadro anêmico.
Crianças podem apresentar sintomas a partir dos 6 meses, os quais consistem em dores nas articulações e nos ossos.
Assim como os outros tipos, possui tratamento, mas é preciso atenção, pois pneumonias, meningites e desidratação podem complicar o quadro.
A anemia causada por baixo nível de vitamina B12 divide-se em outros dois subtipos, a perniciosa e a causada baixa ingestão pela alimentação.
A perniciosa diz respeito a uma condição autoimune na qual o corpo investe contra seus próprios meios de absorver a vitamina B12.
Assim, por mais que a criança tenha uma alimentação adequada, os níveis da vitamina permanecem baixos e resultam na doença.
Enquanto adultos sofrem mais de anemia perniciosa, sendo raros os quadros por baixa ingestão de B12, este é muito comum em crianças.
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Quando a alimentação é restrita ou há evitação de alimentos como carnes, ovos e leite, fontes mais comuns para obtenção de B12, pode ocorrer a abertura para o início da doença.
Outro tipo de anemia infantil que ocorre em razão de ações de nosso próprio organismo e também ocorre em crianças é a hemolítica, a qual resulta da destruição prematura dos glóbulos vermelhos.
Em um organismo saudável, isso também ocorre, mas existe um intervalo adequado para acontecer, período no qual a medula óssea produz novos glóbulos que irão repor os perdidos e prosseguir com o processo.
Por fim, temos um dos tipos mais comuns que é a anemia infantil por baixa produção de glóbulos vermelhos.
Embora este tipo tenha diversas causas a ele atreladas, observa-se que a principal é a baixa ingestão de nutrientes necessários para um funcionamento adequado do organismo.
Nesse sentido, geralmente é causada por uma alimentação desequilibrada.
Como saber se meu filho está com anemia?
O único meio de se ter certeza quanto a um quadro de anemia infantil é fazer exames laboratoriais, solicitados por seu médico.
Mesmo assim, não podemos deixar de considerar os sintomas que podemos perceber, assim como o que a criança descreve.
Embora estes possam se mostrar presentes em qualquer idade, o quadro é mais comum em crianças até os 5 anos, especialmente nos primeiros anos em razão da adaptação na alimentação.
Se seu filho apresenta os sintomas abaixo é importante buscar auxílio médico:
- Cansaço constante ou apatia;
- Palidez na parte interna dos olhos e gengivas;
- Tonturas;
- Falta de ar;
- Sensação de frio ou formigamento nas extremidades;
- Desinteresse por brincar ou fazer atividades que gosta;
- Sono excessivo;
- Desatenção às tarefas;
- Perversão do apetite (ingestão de terra, sabão, etc.);
Estes sintomas são comuns a todos os tipos da doença, uma vez que resultam da baixa oxigenação que ocorre no organismo.
Outros sintomas como amarelamento dos olhos, dores de cabeça e no peito também podem se apresentar, embora não sejam tão comuns quanto os citados anteriormente.
Considerando os tipos mais comuns, as crianças que não se alimentam corretamente possuem maiores chances de desenvolver o quadro.
Assim, apresentando estes sintomas é importante buscar ajuda profissional.
Buscar compreender o surgimento desses sintomas é sempre importante, especialmente quando não parecem ter uma causa aparente.
A primeira avaliação do quadro se inicia já no consultório do pediatra, através de entrevista e exame físico, avaliando os sintomas correspondentes com o quadro.
O exame laboratorial, por sua vez, checa os níveis de hemoglobina no paciente, assim como o formato dos glóbulos vermelhos e os níveis vitamínicos no sangue.
Desse modo, é possível compreender se a criança está realmente passando por um quadro anêmico e definir a melhor estratégia de tratamento.
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A anemia infantil.
Os bebês e crianças podem apresentar todos os tipos de anemia infantil, assim como os adultos, embora algumas categorias apresentem maior incidência.
Observa-se que, em geral, as anemias causadas por defasagens nutricionais são as mais comuns nesse grupo.
Assim, a anemia ferropriva e por deficiência de B12 se apresentam como a grande maioria dos quadros infantis.
Esses quadros são muito relacionados a alimentação das crianças, que geralmente recusam muito mais alimentos que as pessoas adultas.
A anemia ferropriva, por exemplo, apresenta alta incidência em bebês, pois se inicia no momento em que há a mudança entre o aleitamento materno e alimentos sólidos e/ou leite animal.
Em geral essa mudança na alimentação ocorre entre os 9 e 12 meses, podendo haver recusa da criança, o que ocasiona dificuldade para que esta ingira nutrientes precisos.
Diante recusa constante do filho, muitos pais deixam de oferecer uma série de alimentos que se configuram como presença essencial na nutrição dos primeiros anos de vida.
É diante o quadro desta categoria que a criança apresenta comportamentos de perversão alimentar, uma vez que a falta de ferro é o que leva a ingestão de materiais não alimentícios tal como giz, terra ou sabão.
A deficiência de vitamina B12 também está atrelada, na grande maioria dos casos, a má alimentação na infância.
A dieta acaba sendo baseada em poucos alimentos, já que por conta da dificuldade em alimentar as crianças com alimentos específicos, ocorre a desistência de inclui-los.
Diante a baixa variedade, o corpo não absorve o que é necessário para um funcionamento saudável, o que resulta nos sintomas anêmicos.
Independente do tipo de anemia diagnosticado, é muito importante que isso seja feito com rapidez.
Uma alimentação inadequada que resulta em anemia promove outras pioras atreladas ao caso, tornando ainda mais difícil lidar com as consequências.
A criança começa apresentando fraqueza, o que pode causar baixa disposição para brincar, sozinho ou com outras crianças, e estudar, consequentemente, afetando o desenvolvimento de habilidades sociais e rendimento escolar.
Como ocorre o tratamento.
O tratamento da anemia em crianças ocorre de modo muito similar aos adultos.
Se inicia após os resultados dos exames laboratoriais, os quais norteiam o médico no quadro anêmico específico de cada paciente.
Assim, o modo de enfrentamento da doença irá depender do tipo de anemia que o paciente apresenta.
De modo geral, o tratamento tem base em mudanças na alimentação – no caso de anemias por baixa ingestão de B12 e ferroprivas – e também inserção de estratégia medicamentosa.
No caso da anemia falciforme, causa hereditária, o tratamento de mostra como um dos mais complexos, dada a gravidade deste tipo.
O tratamento pode conferir diversos tipos de abordagem que envolvem ações como administração de oxigênio, medicamentos e fluídos – orais e intravenosos.
Esta estratégia se volta para diminuição da dor, geralmente presente no quadro, assim como evitar que haja complicações.
O processo de acompanhamento envolve uma equipe formada por diversos profissionais, visando cuidar da criança em cada aspecto afetado pela anemia.
Para o tratamento da anemia hemolítica ocorre a prescrição de medicamentos, os quais visam auxiliar o sistema imunológico da criança.
Através destes, aumenta-se a defesa do corpo contra seus autoagressores, impedindo que haja destruição dos glóbulos vermelhos e restaurando a saúde do paciente.
Os tratamentos mais simples ocorrem para os subtipos mais comuns, os quais se dão pela anemia ferropriva e a deficiência de B12.
Nos dois casos existe a inserção de suplementos alimentares, visando aumentar os níveis das substâncias necessárias ao organismo.
Para a deficiência de B12, pode haver dificuldade do organismo em absorver a vitamina, então apenas tomar suplementos não resolve.
Nesse caso, a estratégia se pauta em injeções que restauram os níveis adequados para o organismo.
Como se prevenir um quadro de anemia infantil?
Considerando que a anemia ferropriva e por baixo nível de B12 se apresentam como os principais tipos presentes em crianças são essas o foco da prevenção.
Não é difícil evita-las, dado que em geral se apresentam como resultado de uma alimentação inadequada.
É importante, portanto, manter uma dieta baseada em equilíbrio de nutrientes, proporcionando a criança a ingestão de todos os grupos alimentares.
Desse modo, o período de maior atenção é durante a transição entre a amamentação e inserção de alimentos.
Se a criança recusa constantemente os alimentos e não se busca uma solução, meios para que se alimente adequadamente, isso pode resultar em complicações na saúde.
Ademais, não se pode esquecer que a alimentação não é a única causa de quadros anêmicos, tampouco o único modo de preveni-los.
É importante realizar visitas regulares ao pediatra, proporcionando a possibilidade de exames rotineiros que irão averiguar o estado de saúde da criança.
Somente através de exames se torna possível levantar estratégias rapidamente contra os demais tipos de anemia.
Por vezes, os sintomas podem demorar a aparecer e se fazerem notado pela criança ou pelos pais, embora o organismo já esteja sofrendo das implicações da doença.
Realizando exames com intervalos regulares torna-se possível descobrir a doença em seu início, o que age diretamente nas possibilidades de um tratamento rápido e eficiente.
A prevenção da anemia é mais do que a busca por alimentação balanceada, é um cuidado com o organismo de modo geral.
Uma dieta adequada e outros hábitos saudáveis são estratégias possíveis que devem ser aplicadas visando evitação do quadro.
Porém, considerando os diversos tipos de anemia infantil, é importante preveni-la estando atento as possibilidades de doença que fogem ao controle dos pais.
Para esses casos, a melhor prevenção é fazer check-ups da saúde infantil regularmente, averiguando-a por meio de exames e tomando as medidas necessárias sempre com agilidade.
Referências
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/anemia
https://www.unimedfortaleza.com.br/blog/cuidar-de-voce/como-saber-se-estou-com-anemia
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/dieta-certa-pode-driblar-anemia-em-criancas/
http://www.danonebaby.com.br/saude/anemia-em-criancas-tipos-causas-sintomas-e-tratamentos/
Tag:adolescência, Alimentação, Anemia, Autismo, Bebê, Criança, crianças especiais, infância, Nutrição, saúde