Criança surda – Surdez Infantil: o que causa e como detectar.
A surdez infantil (Criança surda), também conhecida como hipoacusia, consiste na perda total ou parcial da audição.
São inúmeros os fatores que podem causar essa perda, desde fatores genéticos à traumas físicos.
O diagnóstico da surdez infantil deve ser feito o quanto antes para que não haja comprometimento no desenvolvimento da criança cognitiva, emocional e socialmente.
Esse diagnóstico é importante para que se possa realizar o trabalho de estimulação da comunicação entre o bebê e seus pais, auxiliando e impactando positivamente seu desenvolvimento.
Se informar sobre as causas e sinais da hipoacusia infantil pode auxiliar em uma detecção mais rápida dela, caso não tenha sido feita anteriormente.
Conteúdo
Criança surda – Quais são as causas da hipoacusia?
A perda parcial ou total da audição pode ser causada por inúmeros fatores. Fatores hereditários ou genéticos podem levar à hipoacusia, assim como complicações perinatais, traumas físicos e medicamentos.
Além de afetar a audição, a surdez infantil (Criança surda), caso não detectada, pode fazer com que a criança apresente dificuldades no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem oral no caso de não passar por um processo de intervenção.
Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que cerca de 6% da população mundial convive com algum problema auditivo. Esses dados datam do ano de 2018.
São variadas as causas da hipoacusia e essas causas são divididas no momento de sua ocorrência tais como:
- Pré-natais: caso ocorreram antes do nascimento.
- Perinatais: caso ocorreram durante o nascimento.
- Pós-natais: quando essa perda ocorre durante o período de desenvolvimento da criança ou do adulto.
Causas pré-natais
Fatores genéticos, doenças e uso de medicamentos ou drogas durante a gravidez estão entre as causas pré-natais da surdez infantil (Criança surda).
Abaixo exploraremos algumas causas pré-natais que podem resultar na hipoacusia.
Causas genéticas da surdez infantil (Criança surda)
Se há casos de algum tipo de perda auditiva na família há também a possibilidade dela ser transmitida entre gerações, o que torna o papel dos fatores genéticos importante.
As uniões consanguíneas também podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de alguma deficiência auditiva.
Algumas síndromes genéticas também são responsáveis pela perda total ou parcial da audição, sendo elas a síndrome de Waardenburg, síndrome de Usher, entre outras que também causam a hipoacusia.
Doenças
Existem algumas doenças que, se contraídas durante a gestação, podem afetar no desenvolvimento do feto caso a mãe não receba um tratamento adequado para elas.
Algumas dessas doenças são a rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e herpes.
Uso de medicamentos ou drogas
Alguns medicamentos usados pela mãe podem afetar o sistema auditivo da criança, tal como a talidomida, que consiste em uma substância utilizada como sedativo e anti-inflamatório.
Drogas que atingem o sistema nervoso central também são perigosas, podendo ser prejudiciais e apresentar um grande risco de desenvolvimento de algum tipo de perda auditiva.
Causas perinatais
Durante o processo do parto há a possibilidade de ocorrer alguns traumas no bebê, um deles, causado pelo uso do fórceps, pode gerar lesões no cérebro da criança que além de outras alterações, pode acarretar em algum tipo de perda auditiva.
Há casos, também, em que pode ocorrer falta de oxigênio para o bebê durante o parto, ou uma diminuição no nível de oxigênio, levando à um quadro de hipóxia que pode acarretar hipoacusia.
Causas pós-natais
Entre as causas pós-natais de surdez infantil (Criança surda), estão inclusas doenças e exposição a ruídos altos.
Doenças
Algumas infecções que surgem após o nascimento podem causar distúrbios na audição, essas infecções podem atingir tanto a orelha externa quanto a média. A mais comum entre bebês são as otites.
Outras doenças, tais como meningite e caxumba, podem deixar sequelas dependendo do quadro clínico.
Ruído
A exposição à ruídos em excesso ou em intensidades muito fortes pode ir gradualmente lesionando células responsáveis pela capacidade de audição.
A estimativa é de que 80% da hipoacusia que ocorre no período da infância acontecem no nascimento ou nas primeiras semanas de vida da criança.
Quais são os sinais da surdez infantil (Criança surda)?
É possível observar o desenvolvimento da criança assim que ela nasce e perceber se está se desenvolvendo bem.
A criança, desde seu nascimento até os 3 primeiros meses de vida, já é capaz de se surpreender com barulhos e ruídos que acontecem em torno dela, assim como despertar por conta deles.
Essas características já possibilitam perceber se há a presença de algum problema auditivo.
Conforme a criança vai crescendo, ela passa a se interessar por brinquedos que emitem alguma espécie de ruídos.
Isso ocorre entre os 3 e 6 meses de idade e nessa época a criança procura se fixar no brinquedo para buscar a fonte do som.
Essa preferência por brinquedos que emitem sons e a busca por sons tende a aumentar ainda mais quando a criança atinge os 8 meses de idade.
Com um ano de idade, a criança já começa a captar algumas palavras e desenvolver uma referência de como chamar as coisas, podendo já saber a falar “mamãe e papai”.
Durante esse período de crescimento já é possível perceber se há alguma diferença em questão de desenvolvimento ou se a criança apresenta alguma falta de reação quando exposta a ruídos que estejam ao seu entorno.
Com o diagnóstico da surdez infantil (Criança surda) é possível iniciar o tratamento necessário antes dos 6 meses de idade.
Esse diagnóstico possibilita que se evite alterações na linguagem da criança, além de favorecer seu desenvolvimento neuropsicológico.
O diagnóstico precoce da hipoacusia é feito através de um exame audiométrico. Esse exame é feito especialmente quando se possuem suspeitas de determinadas situações, tais como:
- Nascimento de alto risco
- Casos onde há surdez hereditária
- Uniões consanguíneas
- Casos de meningite após a gravidez
Em caso de suspeita de hipoacusia infantil a melhor coisa a se fazer é levar a criança em um pediatra ou otorrino para que possa ser feita ou não a confirmação das suspeitas.
É importante que os cuidadores sempre estejam atentos a qualquer sinal de perda de audição por parte da criança no decorrer do crescimento, já que isso pode indicar algum tipo de otite.
A realização da triagem auditiva universal do recém-nascido também é algo muito importante de ser feito, podendo ser detectada nela alguma alteração auditiva. Sendo a idade média para esse teste de 2 meses de vida.
Enquanto o bebê ainda se encontra na maternidade, ele é submetido à triagem auditiva neonatal universal (TANU), também conhecida como “Teste da Orelhinha”.
Esse teste tem como objetivo fazer a detecção de qualquer alteração auditiva. Isso é feito por meio de emissões sonoras que podem ser registradas pela criança. O exame é obrigatório e sua realização é gratuita.
Os cuidadores também devem ter o conhecimento de que o teste feito na maternidade não permite ter um diagnóstico decisivo, sendo recomendada a busca de algum profissional especializado em caso de suspeitas.
Há outros tipos de exames que são realizados além do exame das emissões otoacústicas evocadas, que é feito no caso do Teste da Orelhinha.
Esses exames são feitos para verificar a integridade do sistema formado pelo tímpano e os ossículos da orelha média e também para medir as respostas elétricas que ocorrem no tronco encefálico.
Os exames citados são realizados por meio do encaminhamento médico, o profissional fará a escolha dependendo do que precisa saber sobre o caso.
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Formas de tratar a surdez infantil (Criança surda)
Caso seja confirmado que há algum tipo de dificuldade auditiva, o tratamento realizado pode ser feito por meio de aparelhos auditivos, cirurgia ou medicamentos.
Cada tratamento é feito dependendo do caso de cada criança, podendo variar conforme o grau de audição.
Nos tratamentos há a possibilidade da criança recuperar parcialmente ou totalmente a audição.
Independentemente do caso, é necessário que a criança faça acompanhamento com outros profissionais, como fonoaudiólogos, para permitir que haja o máximo desenvolvimento possível das habilidades de comunicação da criança.
Esse acompanhamento é importante por evitar qualquer tipo de atraso no desenvolvimento escolar dela.
É recomendado que o tratamento seja iniciado o quanto antes após feito o diagnóstico de surdez infantil (Criança surda) na criança.
Começar o tratamento o quanto antes aumenta as chances da criança se desenvolver com menores dificuldades de comunicação caso ele ocorra antes dos 6 meses.
O diagnóstico feito de forma correta e rapidamente pode prevenir qualquer tipo de atraso no desenvolvimento da criança, por isso é de fundamental importância que ele seja feito o quanto antes, conjuntamente com o tratamento.
As principais formas de tratamento da hipoacusia infantil consistem em três, podendo ser utilizados de forma conjunta ou separadamente:
Aparelhos auditivos
Os casos onde principalmente são feitos o uso de aparelho auditivos são aqueles em que o bebê apresenta um pequeno ou algum grau de audição, porém apresenta dificuldades para ouvir corretamente.
Os aparelhos auditivos são colocados atrás da orelha e auxiliam na condução do som para o interior do ouvido.
Esse auxílio proporciona uma facilidade para que a criança consiga ouvir, o que ajuda não apenas a audição, mas também o desenvolvimento da criança, evitando que haja algum tipo de atraso na linguagem.
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Implante Coclear
A utilização do implante coclear é realizada em casos mais graves. Casos em que seja detectada um grau de surdez profunda no bebê ou em casos que não apresentem melhora na audição com a utilização de aparelhos auditivos.
São esses os casos em que o pediatra pode recomendar colocar o implante coclear no ouvido.
Esse implante consiste em um aparelho eletrônico colocado cirurgicamente dentro do ouvido da criança.
Um microfone fica posicionado atrás da orelha para captar os sons e transformá-los em impulsos elétricos que são gerados diretamente sobre o nervo da audição.
Remédios
Medicações e remédios são utilizados nos casos mais leves de surdez, que consistem em casos onde a audição é comprometida apenas devido a algum tipo de alteração presente nas regiões externas do ouvido.
Pode haver prescrição de algum tipo de antibiótico e anti-inflamatório nos casos em que haja uma infecção no ouvido externo, visando tratar a infecção para recuperar a audição da criança.
Como fazer a prevenção da surdez infantil (Criança surda)?
São diversas as formas de prevenção que podem ser feitas, desde causas genéticas à fatores relacionados à doenças.
Veja quais as formas possíveis de se realizar a prevenção da hipoacusia antes e depois do nascimento.
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Aconselhamento médico pré-natal
É de grande importância que gestantes procurem acompanhamento médico pré-natal onde pode receber aconselhamentos e tratamentos adequados.
Os aconselhamentos devem abarcar a parte de nutrição durante a gravidez e os tratamentos agirem como prevenção de diversas doenças que podem ser contraídas na gravidez.
Esses tratamentos aumentam as chances de prevenção de algumas causas de surdez que podem afetar o feto, durante a gestação, ou o bebê, após o nascimento.
No caso de doenças que podem afetar a gestante, a sífilis e a toxoplasmose são exemplos de doenças que afetam a audição da criança, sendo necessário o acompanhamento médico para preveni-las.
Aconselhamento genético
Como dito anteriormente, a consanguinidade dos pais se apresenta como um fator de risco para a criança por estar entre uma das causas genéticas da surdez.
Caso a união seja consanguínea, é importante que se procure aconselhamento com médicos geneticistas.
Vacina anti-rubéola
A vacinação anti-rubéola deve ser feita em crianças entre 15 meses e 15 anos e também em mulheres na idade dos 15 aos 35 anos.
Devido a doença ser uma das causas de surdez na criança durante a gravidez, é importante que a mãe esteja com a vacinação em dia para prevenir qualquer risco de contrair a doença durante a gestação.
Esse é um método simples de se prevenir e altamente eficaz.
Remédios para gestantes
O uso de medicações erradas durante a gravidez pode, também, ser uma causa da surdez na infância, por isso as gestantes devem procurar aconselhamento com seus médicos e se informar sobre quais remédios e medicações apresentam esse risco.
Independentemente do caso, a forma como os familiares e as pessoas em volta da criança lidam com a situação também é algo para se atentar, já que a aceitação do aparelho auditivo pela criança é muito importante.
O uso consistente do aparelho auditivo, nos casos em que ele se faz necessário, é positivo tanto para o desenvolvimento cognitivo da criança quanto para a auto-estima dela.
(Criança surda) – Referências:
https://br.guiainfantil.com/materias/saude/ouvidoscausas-e-diagnostico-da-surdez-infantil/
https://soumamae.com.br/deteccao-precoce-surdez-infantil/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_auditiva
https://www.tuasaude.com/implante-coclear/
https://www.tuasaude.com/conheca-os-principais-tratamentos-para-surdez-infantil/
https://www.direitodeouvir.com.br/blog/prevencao-surdez-criancas
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