Regras para crianças rebeldes
Nunca é fácil educar um filho. Exige dos pais uma série de características: criatividade, autoridade, determinação, persistência, etc. A criança possui uma série de necessidades, as quais precisam ser preenchidas.
Uma delas, é a de impor limites através de regras para crianças. O seu filho deve ver você em uma posição de autoridade, no sentido de que ele o respeite e veja em você um modelo de como tudo deve ser feito. Sem usar de agressividade, a obtenção da autoridade é fundamental.
Cada criança possui uma forma de agir e de ser, o que acaba fazendo com que lidar com cada uma delas seja uma tarefa única. Sendo assim, como veremos, é importante saber bem o que você está fazendo, para impor as regras para crianças e ser respeitado.
Conteúdo
Faça a criança saber o que se espera dela
Após a elaboração das regras para crianças, o primeiro passo é fazer com que o seu filho de fato saiba o que se espera dele. Afinal, como ele irá cumprir essas normas caso sequer conheça elas exatamente e saiba do que se trata?
Por isso, em primeiro lugar os pais devem começar estabelecendo bem as normas entre eles mesmo. O que é aceitável e o que não é no comportamento da criança? O que ela deve seguir e o que não? Quais os rumos devem ser dados na educação?
Depois que isso ficar bem claro para ambos, é hora de ter uma boa conversa com o pequeno. A esta altura, as regras para crianças já terão sido elaboradas, o que significa que você já saberá muito bem o que deseja.
Uma vez que já estiver bem estabelecido para os pais, fica mais fácil de expor para os filhos o que pode e o que não pode ser feito. Então, exponha as regras à criança com bastante paciência e conversa, expondo o que pode ou não ser feito.
Caso o seu filho já venha passando dos limites, este processo pode ser um pouco mais trabalhoso. Nesse caso, vá de forma gradual, colocando regras aos poucos, sem ser tudo de uma vez só.
É muito importante que a criança saiba com clareza o que se espera do comportamento dela. Ademais, é igualmente fundamental que ela entenda que quebrar as regras não será algo tolerável.
Também mantenha a consistência daquilo que você promete e combina com a criança. Digamos, por exemplo, que ela queira algum brinquedo no shopping e faça um escândalo por isso, agindo mal e criando confusão.
Os pais não devem comprá-lo de modo algum. Afinal, qual tipo de autoridade terá caso afirme que não é para fazer, mas vai lá e a recompensa com o objeto proibido? Se não pode fazer escândalo pelo brinquedo, então não tem brinquedo.
A forma de punição aceitável
Quando você impor as regras para crianças, deve ter em mente que as punições são o seu último recurso. Por isso, tente soluções mais pacíficas e tranquilas antes, evitando qualquer tipo de conflito.
Especialistas no assunto afirmam que o ideal é sempre o diálogo como opção inicial. Tenha isso em mente e explique o que é aceitável e o que não é por algumas vezes, nos primeiros momentos em que seu filho fizer isso.
No entanto, caso ele continue desrespeitando as normas impostas pelos pais ou responsáveis, então a situação pode mudar de figura. É hora de passar para abordagens um pouco mais severas, punitivas.
Aqui não estamos falando de agressividade, no entanto. Pelo contrário. Os castigos podem ficar em limitar o acesso ao que ele gosta de brincar (videogame, jogar futebol, brincar com aquela boneca preferida, etc).
É claro que, no calor do momento, é importante que os pais se lembrem de não exagerar no castigo imposto. Ele deve ser algo bem pensado e que possa ser cumprido. Caso seja um castigo muito longo ou muito complicado de se cumprir, então é capaz de não dar certo e a autoridade se arrefecerá. A criança irá aprender que os limites dela não são tão sólidos assim, e que de vez em quando vale a pena ultrapassá-los.
Na verdade, de forma geral os psicólogos não gostam muito do termo “castigo” e preferem usar “consequência” no lugar. Isso porque normalmente o castigo é ligado a uma punição como se fosse uma multa, em que a criança por vezes nem sabe o que fez de errado.
A consequência, de modo distinto, viria acompanhada de todo um processo explicativo. Ela diz respeito aos pais estarem explicando aos filhos quais regras para crianças eles descumpriram e o porquê de estarem recebendo a punição.
Aprenda a ter os seus limites testados
É inevitável que, via de regra, as crianças testem os limites para saber até onde elas podem ir. Isso não acontece com todas, por certo, mas é algo bem comum de acontecer e os pais têm de estar atentos.
Quando impor regras para crianças, especialmente se o seu filho já for meio desordeiro, poderá ser difícil de assimilar. Digamos que seja proibido mexer no vaso de plantas da sua casa. Provavelmente essa proibição veio porque ele já tinha algum interesse lá.
Então, é possível que ele continue mexendo sob a alegação de “mas eu quero”, enquanto o pai ou a mãe ficam inertes sem saber como proibir. Nestas situações é importante utilizar as formas de diálogo e, se necessário, seguido das punições que citamos acima, pois seu filho está testando você.
Seja firme e leal às suas regras. Demonstre a ele que aquilo é algo sério e que deve ser cumprido. Faça isso, em primeiro lugar, por meio do uso da palavra, dialogando com a criança. Caso não for possível vá para as punições que citamos.
As regras para crianças, em particular as mais levadas, podem ser mais difíceis de serem assimiladas, de acordo com especialistas. Até mesmo por isso é que se torna tão importante deixar tudo claro: o que pode, o que não pode, por que não pode, qual será o castigo, etc.
Entenda que os limites são dos filhos, não dos pais
É muito comum o relato de crianças que querem impor aos seus pais o mesmo limite que é imposto a elas. Nesse caso, se os pais cobram algo, ela cobra o mesmo deles, querendo que cumpram igualmente.
O importante aqui é ter em mente que a posição de autoridade é dos pais. Ou seja, são eles que estabelecem as regras e definem quem deve cumprir e quem não deve, não a criança.
Curta nossa página no Facebook
Nos siga no Instagram
Portanto, tenha bastante zelo ao lidar com esta questão. Tenha em mente que quem está sendo educado é o seu filho, não você. Ou seja, quem precisa de limites é apenas ele, e não os pais.
Isso não quer dizer que os pais não possam demonstrar o exemplo. Na verdade, podem muito bem fazer isso, na medida em que se sentirem confortáveis e quiserem fazê-lo. Só que isso é diferente do que temos dito aqui.
Bem diferente de querer demonstrar o exemplo é ser cobrado pelo seu filho para que você siga as regras para crianças. Quando os pais demonstram o exemplo, é porque quiseram fazer e entenderam que seria positivo, não porque foram obrigados pela criança.
Aprenda a não ceder e a ser carinhoso e firme
Ao impor as regras para crianças, ter carinho e ter firmeza não são palavras que se opõem. Pelo contrário, a junção delas é que potencializa um bom aprendizado e uma boa educação, capazes de serem mais efetivas.
Por um lado, gritar demasiado com a criança quando ela abre o berreiro querendo algo na marra é bastante nocivo. Neste caso, os pais estão saindo de sua posição de autoridade e tomando uma posição horizontal com a criança – ou seja, os dois estão no mesmo nível de autoridade, manda mais quem berra mais.
Leia nosso artigo sobre como agir se a criança não obedece
Com relação às agressões, é o mesmo. Infelizmente, acaba sendo comum ouvirmos que tal criança não é bem educada por falta de tapas. Isto não é verdade – nem por falta de apanhar nem por falta de berros.
O que realmente funciona é não ceder aos momentos de irritação e estar calmo para dizer com tranquilidade o seu “não”. Não interessa o quanto seu filho esperneie e faça bagunça, se ele não pode fazer algo, então não deixe simplesmente dizendo que não.
Pode ser que ela comece a chorar ou fique mais chateada. Principalmente nestes casos, mas não só neles, explique as suas motivações ao não deixá-lo fazer o que deseja, isso deve funcionar pelo menos parcialmente.
Não desista e seja coerente
Já dissemos até aqui que a consistência é algo que deve ser mantido. Em outras palavras, se é não, então é não. Não existe meio sim nem meio não. Caso você deseje proibi-lo de fazer algo, então não permita de forma alguma.
Isto também é, em outras palavras, coerência. As suas ações devem representar para a criança aquilo que você diz. Ou então as suas regras para crianças não valerão de nada senão para confundi-la. Afinal, o que pode e o que não pode?
Essa coerência não pode ser perdida em momento algum, por isso ligamos ela à persistência. Esteja sempre preparado para fazê-la seguir as regras e para cobrar que elas estejam sendo cumpridas. Não ceda, a não ser nas situações que falaremos mais adiante.
Isso é importante para manter a credibilidade e a autoridade diante de seus filhos. Caso nem os pais cumpram o que eles falaram em termos de proibir determinado comportamento, porque a criança vai cumprir?
Caso ela comece a passar por cima das suas regras e você fizer vista grossa, isso pode acabar se tornando numa bola de neve. Então, nada mais do que os pais falaram precisará ser seguido e vai ficar tudo à mercê das vontades do seu filho.
Educá-lo, a partir disso, será cada vez mais difícil. Indo ainda mais longe, até mesmo o seu convívio social será dificultado. Uma criança que não sabe conviver com o “não”, poderá ter problemas de relacionamentos no futuro, pois não estará preparada emocionalmente a rejeições.
RECEBA NOSSAS NOVIDADES NO SEU E-MAIL
As exceções às regras para crianças
Pode ser que em alguns momentos as suas regras para crianças podem ser quebradas e terem exceções, de fato. Ainda assim, isso se refere a situações bem específicas, as quais a criança deve entender bem. Ou seja, ela deve ter a compreensão do porquê da regra estar sendo quebrada, qual é o motivo.
Digamos, por exemplo, que os pais levem o filho para visitarem um amiguinho. Pode ser que algumas regras impostas pelos pais dos amiguinhos sejam diferentes das suas com relação ao ambiente deles.
Neste caso, pode ser interessante que o seu filho respeite as regras daquela casa, uma vez que não está na sua, mas sim na do amigo. Digamos que os pais do coleguinha permitam jogar brincar de bola dentro de casa, sendo isto algo que você não deixa, por exemplo.
Então deixe claro que aquilo é uma particularidade daquele ambiente, e que seu filho só pode fazer lá. Uma vez que estiver em sua casa, as regras convencionais voltarão a ser aplicadas. Ou seja, nada de bola dentro de casa.
Aliás, mesmo que este amiguinho o qual os pais permitem o uso da bola em casa visite seu filho a regra se mantém. Ou seja, sua casa, suas regras; casa do amiguinho, regras que podem ser adaptadas.
Nesse caso, se for o amiguinho que estiver visitando o seu filho, é ele quem deve seguir suas regras. O ideal é que a explicação do que pode e do que não pode ser feito fique entre as crianças. Isto é, seu filho expõe ao amigo que brincar de bola dentro de casa não é viável.
Mensagem final
O que podemos concluir até aqui, é que na educação de uma criança é de fundamental importância a imposição de limites. Isto deve ser feito a partir de regras, colocadas de forma muito claras sobre o que deve e o que não deve ser feito.
De acordo com profissionais e especialistas, isto deve ser realizado sobretudo na base do diálogo. A agressão nunca é uma alternativa. Pelo contrário, os castigos, ou “consequências, vêm na forma de castigos, os quais devem ser bem explicados.
Referências
https://revistacrescer.globo.com/noticia/2018/01/como-ensinar-limites-ao-seu-filho.html
https://delas.ig.com.br/filhos/2012-10-23/7-passos-para-recuperar-a-autoridade-com-seu-filho.html
Tag:adolescência, Adolescente, Casal, Criança, crianças especiais, Desobediência, Divórcio, Educação, Escola, infância, Mãe, Pai, Pais, Psicologia, Rebeldia, Separação