Criança tímida – DIFICULDADES DE RELAÇÕES SOCIAIS INFANTIS
As relações sociais se mostram como um fator extremamente importante na vida das pessoas, começando no período da infância.
Muitos pais e/ou cuidadores podem encontrar dificuldade em compreender o que implica o desenvolvimento dos filhos diante as questões relacionais.
Compreender se o filho apenas se mostra tímido ou se apresenta dificuldade de relacionar-se socialmente pode ser uma dúvida bastante comum.
Não é uma questão simples de ser respondida, tampouco de ser solucionada quando é o caso, pois requer paciência e persistência por parte dos cuidadores.
Assim, é importante que se tenha maior ênfase em buscar compreender o que implicam as dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida) e as melhores formas para manejar esta situação.
Conteúdo
O que implicam as dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida)?
Para muitos pais e cuidadores pode ser difícil identificar o que se caracterizam enquanto dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida).
Um dos principais fatores para esta dificuldade é a realidade única de cada criança.
Sua forma de interagir irá variar conforme as variáveis de sua vida, abarcando seu ambiente, o que já experenciou e como suas habilidades sociais vem sendo trabalhadas.
Ao início da infância, por volta dos dois anos, quando a criança começa a brincar em outros locais além de sua casa, como parquinhos, é bastante provável que ela tenda a preferir atividades solitárias.
Neste caso, dificilmente poderíamos implicar a dificuldade relacional desta criança com algo que represente muito mais do que uma timidez típica de sua idade.
Não se pode deixar de considerar que, alguém nesta faixa etária, provavelmente teve pouco contato com seus pares, assim como com pessoas que não sejam de sua família.
Neste sentido, interação é vista como algo a se desconfiar, pois o outro é desconhecido, e a evitação social pode ser colocada enquanto uma forma inicial de defesa.
Não seria uma situação para se preocupar, mas para incentivar a criança a se relacionar com novas pessoas, a fazendo, por exemplo, através de propor brincadeiras.
A presença dos pais se caracteriza, portanto, como algo a facilitar, intervir de forma a trazer formas para que as crianças interajam entre si.
O papel dos pais é, portanto, ser um facilitador, transmitindo confiança a criança conforme for necessário, propondo atividades que facilitem o envolvimento dos pares.
Através deste tipo de ação, uma criança que aparentava ter dificuldades de se relacionar, irá, na maioria das vezes, apresentar variações na interação com seus pares, melhorando suas habilidades sociais.
As dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida) começam a ser consideradas quando a criança persiste em um comportamento de evitação dos pares, mesmo diante estímulos que facilitam o contato.
Deste modo, é importante observar situações como se a criança evita interação, mesmo quando se vai a um mesmo local, diante as mesmas crianças, ou ignora as estratégias de brincadeiras propostas com frequência.
Ademais, esta questão torna-se muito mais fácil de ser observada a partir da idade escolar, pois a criança é posta em um ambiente que facilita a interação.
A escola se caracteriza como um dos principais facilitadores para a socialização, pois fornece oportunidades para que a criança interaja com seus pares.
Deste modo, quando esta fase se inicia a criança aprende aos poucos a interagir de forma mais complexa e aproximada com as outras, pois o ambiente estimula este tipo de contato.
Quando existe persistência no comportamento de dificuldade relacional, mesmo diante um ambiente que transmite familiaridade e conforto, então temos o início de uma situação que deve despertar maior atenção dos pais ou cuidadores.
As dificuldades de relações sociais na infância devem ser consideradas como algo sério, pois irão interferir no desenvolvimento do sujeito e, portanto, em sua vida adulta.
É por essa razão que, diante a persistência em evitar contato com outras crianças, se define que é o momento adequado de considerar buscar auxílio de um profissional de psicologia infantil.
A socialização infantil, por definição, vem a ser compreendida da mesma forma que a de adultos, a diferença é que com a criança o processo ainda é desconhecido e, portanto, tende a ser mais complexo de ser vivenciado.
Para a criança, socializar-se envolve um processo primeiro de envolver-se e criar vínculos com sua família e, posteriormente, com outros pares, principalmente no ambiente escolar.
O processo de socialização em si compreende tornar-se parte de algo, envolver-se com um novo grupo, aprendendo hábitos e assimilando a cultura a fim de fazer parte do grupo.
Assim, socializar-se é um movimento constante de aprendizado do que é considerado correto e incorreto no grupo, passando a buscar adequar-se a estes comportamentos.
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Deste modo, observa-se que esta questão é algo que se inicia na infância, aprendendo valores e costumes familiares, mas perdura por toda a vida, interagindo e absorvendo o que rege os demais grupos nos quais buscam ingressar.
Dentre os primeiros ambientes que promovem a relação social para a criança, temos dois principais:
- A família;
- O âmbito escolar.
A socialização infantil começa em primeira instância ainda no contato familiar, o qual se pauta como um exemplo o qual a criança vai seguir a fim de se comportar nas situações futuras.
Um envolvimento familiar que permite a criança sentir-se confiante diante o contato com outras pessoas promove um sujeito que tende a ter relações sociais mais positivas.
Posteriormente, a socialização infantil atrela-se a seu contato escolar.
Na maioria das vezes, é no ambiente escolar que a criança vivência suas primeiras interações sociais com desconhecidos, longe dos pais, possibilitando desenvolver habilidades sociais e de autonomia.
Isso é facilitado, pois a realidade escolar possibilita o contato com outras crianças da mesma faixa etária, assim como com adultos, como professores e outros funcionários.
Comumente as dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida)serão percebidas neste contexto, dado os estímulos constantes e facilitadores que não evocam respostas sociais positivas da criança.
Em muitos casos, as dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida) se dão em decorrência de uma socialização inadequada na primeira infância.
As primeiras experiências sociais das crianças se dão quando ainda são bebês e, portanto, correspondem a interações com:
- Pais;
- Cuidadores;
- Familiares próximos.
É através do contato com estas pessoas, geralmente presentes desde o nascimento, que a criança consegue adquirir algum nível de confiança no mundo que a cerca.
Quando a criança atinge a idade em que começa a interagir com outras, algum adulto pode auxiliar, promovendo brincadeiras, mas é importante considerar a efetivação do contato como dependente da criança.
Por vezes, ocorre a evitação desta, pois a criança não se sente confiante a interagir de forma adequada com aquilo que tem como desconhecido.
Quando a criança cresce vivenciando um desenvolvimento adequado de vínculo com seus familiares ela se sente segura, o que torna mais provável que tenha condições para lidar com o mundo externo.
A mãe, pai ou cuidadores, representam o ambiente da criança, enquanto ela não pode fazer as coisas por conta própria ou falar a respeito.
Assim, fica sendo tarefa dos adultos ao redor compreender suas necessidades e demonstrar de forma empática o seu auxílio e apoio diante as necessidades que são apresentadas.
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Para evitar questões voltadas as dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida) é imprescindível que a criança tenha sua experiência social inicial seja positiva.
É ainda bebê que a pessoa inicia o seu aprendizado de habilidades necessárias para interagir com outros sujeitos, dentre as quais se configura a inteligência emocional.
Dividida em dois tipos, o desenvolvimento da inteligência emocional é fator determinante na forma em que a criança vai lidar com o mundo exterior.
Os tipos configuram-se entre:
- Inteligência cognitiva;
- Inteligência afetiva.
A junção destas duas características dá a criança uma base saudável para que possa se relacionar com o que é exterior a ela e a sua família, o primeiro grupo social a qual se faz pertencente.
O desenvolvimento da inteligência cognitiva auxilia a criança a aprender questões de raciocínio lógico, assim como perceber diferentes ângulos para uma mesma situação.
Assim, é um fator que permite uma interação na qual a criança compreende a perspectiva das outras, o que se postula enquanto um facilitador nas relações.
A inteligência afetiva, por sua vez, conecta-se a habilidade de experenciar e aprender a reconhecer emoções, tanto em si mesma quanto nas outras pessoas.
Nenhuma dessas habilidades são inerentes aos seres humanos, mas são de extrema importância para que possam construir boas relações sociais.
O desenvolvimento da inteligência emocional ocorre de forma constante ao longo da vida, mas se inicia na infância, ainda nos primeiros contatos socais da criança.
Quando ocorre de forma satisfatória tende a colaborar de forma efetiva para a vida social infantil, evitando problemáticas nesta área.
Por se tratar de algo que se inicia tão cedo, é indispensável que os pais e/ou cuidadores compreendam sua importância no desenvolvimento infantil, prezando que isto seja algo visado.
Dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida) dificilmente se mostram presentes em crianças que vivem em um ambiente acolhedor e facilitador diante seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
Ainda que o primeiro ambiente relacional da criança seja sua interação com a família e, posteriormente, os pais possam – e devam – oferecer auxílio quando necessário, é preciso que se tenha um limite.
Oferecer auxílio, possibilitando que a criança se sinta confiante e apoiada é extremamente importante, mas é preciso também visar que ela aprenda a ser autônoma.
Não será tarefa fácil, mas é importante encontrar um ponto de equilíbrio que permita a criança expressar suas vontades e sentimentos sozinha.
Isso promove no sujeito a sensação de confiança, quanto a ser quem deseja, mas ainda assim respeitando os limites e contenção que são postos pelos adultos.
Tanto na interação com os pais quanto posteriormente já na escola, a criança irá ter de lidar com seus desejos entrando em conflito com as regras do ambiente.
Assim, evitar dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida) é também preparar esta criança para as possíveis frustrações que irão ocorrer em sua vida diária.
É preciso que exista um equilíbrio entre saber se expressar, pautar-se de forma confiante quanto as suas vontades, mas entender que muitas coisas ocorrem de forma diferente e será preciso respeitar.
Quando existe um olhar criterioso para essa questão evita-se que, por exemplo, a criança entre em conflito com seus pares em razão de frustrações ou desrespeito diante a interação.
Saber equilibrar a autonomia da criança com os limites impostos pelos cuidadores e pelo ambiente externo é auxiliar diretamente em um desenvolvimento adequado de sua inteligência emocional.
Uma criança que desde pequena é ensinada da melhor forma a lidar com seus sentimentos, torna-se mais capaz também de lidar com frustrações e a respeitar o outro.
Essa questão é imprescindível diante a questão de lidar com dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida), pois este contato entre crianças não se baseia somente em brincadeiras.
A interação infantil também irá envolver regras, formas especificas de pertencer a um grupo, pois funciona da mesma forma que se compreende a socialização de forma geral.
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Considerando isso, lidar com dificuldades de relações sociais infantis (Criança tímida) vai muito além de colocar a criança em situação de contato com seus pares, é preciso considerar aspectos como:
- Promover interação adequada com pais/cuidadores;
- Possibilitar o desenvolvimento da autonomia;
- Oferecer um ambiente acolhedor no qual a criança se sinta confiante;
- Trabalhar o desenvolvimento de sua inteligência emocional.
Uma criança com boas relações sociais representa um longo trabalho que tem seu início ainda no contexto familiar, sendo trabalhado desde os meses iniciais.
Quando isto não ocorre e a criança apresenta dificuldades de relações sociais infantis(Criança tímida), independente dos motivos ligados ao quadro, é interessante a presença de auxílio profissional.
Neste sentido, realiza-se um acompanhamento com psicólogo infantil, visando desenvolver as habilidades sociais na criança, auxiliando-a a viver com mais qualidade.
Assim, compreende-se que esta não é uma questão a ser discutida apenas quando a criança atinge a idade escolar, mas sim algo que deve ser visado de forma constante.
Buscar promover ao seu filho possibilidades saudáveis de relações sociais é auxiliá-lo a ter uma vida adulta com muito mais qualidade cognitiva e emocional.
Criança tímida – Referências
http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=116
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-socializacao-na-educacao-infantil.htm