Dengue em crianças – Tudo o que precisa saber
A dengue é uma doença viral, podendo acometer sujeitos de todas as idades, sendo a transmissão feita através da picada do mosquito Aedes Aegypti.
Esta doença apresenta-se em dois tipos: a dengue clássica, tendo 4 subdivisões, e a hemorrágica.
A manifestação ocorre entre 3 a 15 dias após a pessoa ser picada, apresentando uma variedade de sintomas a depender do tipo do quadro.
Além da variação quanto ao tipo, observa-se que os sintomas nas crianças costumam ser bastante confundidos com doenças mais simples, como gripes.
Esta se configura como um dos motivos pelos quais a dengue em crianças se apresenta enquanto um tema importante a ser compreendido, visando prevenção adequada, diagnóstico rápido e tratamento eficiente.
Conteúdo
Dengue em crianças
A dengue é uma doença difícil de ser identificada quando ocorre em crianças, especialmente nas menores de dois anos.
Por conta de os sintomas serem muito similares a doenças como a gripe pode haver um comportamento despreocupado diante o tratamento.
É importante também considerar que as crianças podem ter dificuldade em falar o que estão sentindo e a intensidade.
Especialmente os bebês ou as crianças que ainda estão em fase de aprendizado da fala podem encontrar nessa situação um grande desafio.
Torna-se ainda mais complexo compreender o que está acontecendo com a criança de forma adequada.
Ainda assim, atentar-se aos sintomas é essencial, na medida em que a doença pode apresentar diferenças de sua presença em adultos.
Questões como gravidade e letalidade tendem a ser bem mais fortes quando associadas as crianças, pois a doença pode resultar em quedas bruscas de pressão e, em casos mais graves, em hemorragia.
Considerando isso, é importante considerar as diferenças entre a forma como os sintomas surgem e como eles se diferenciam de outras doenças.
Enquanto gripes e resfriados geralmente apresentam tosse e coriza, por exemplo, em quadros de dengue estes sintomas não estão presentes, embora outros como febre alta e letargia estejam.
No caso dos bebês, é indispensável também observar outros aspectos como a alimentação.
Bebês afetados pela dengue tendem a recusar os momentos de amamentação, diminuindo bastante o número de refeições diárias.
Além disso, não é incomum que apresentem também lesões cutâneas, as quais se apresentam enquanto possível sinal da doença.
O comportamento é outro ponto afetado por esta situação, o que faz com que o bebê ou criança apresente uma postura mais irritada, chorando com maior frequência.
Principais sintomas da dengue em crianças
Os sintomas que envolvem a dengue em crianças contemplam, em sua maioria, os mesmos que os de adultos.
Assim, uma criança que está com dengue irá apresentar sintomas como:
- Febre aguda – até 7 dias;
- Dor de cabeça;
- Dor no fundo dos olhos;
- Dor nos músculos e articulações;
- Manchas vermelhas na pele;
- Fraqueza;
- Sonolência;
- Recusa a alimentar-se e a líquidos;
- Vômito;
- Diarreia;
- Sangramentos no nariz ou gengivas.
Muitos destes sintomas são de difícil percepção, especialmente quando a criança é menor de 2 anos e não consegui transmitir aos pais e/ou cuidadores sobre o que está sentindo.
Nestes casos, sintomas como a irritação e choro intenso devem ser considerados como indicadores de dengue em crianças, especialmente quando aliados a um dos demais descritos.
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Ademais, é importante ainda estar atento aos sintomas que abarcam um quadro mais severo de dengue, e se configuram enquanto uma situação de extrema urgência a buscar por auxilio de profissionais da saúde.
Estes sintomas geralmente surgem diante a evolução do quadro, sendo um possível resultado de ignorar os sintomas anteriores, considerando-os como simples sinais de um gripe comum.
Assim, atente-se a aspectos como:
- Delírio;
- Irritabilidade;
- Sonolência excessiva;
- Perda de memória;
- Inchaço na região abdominal;
- Dor abdominal.
A presença destes sintomas indica que a dengue já está em um quadro mais avançado e, por conta disso, os sinais são mais fortes.
Diante disso é importante ter ciência que, em geral, a dengue em crianças geralmente apresenta uma evolução mais rápida e, portanto, a reação rápida diante os sinais é essencial para a recuperação eficiente.
Como ocorre a evolução do quadro
A evolução dos quadros de dengue em crianças é algo muito importante a ser considerado, sendo um dos principais focos de atenção dos pais.
Essa questão é bastante difícil de ser avaliada, pois se apresenta diferente da forma observada em adultos.
Pessoas adultas passam pela evolução, representando a piora do quadro, através de fases que tendem a ser bastante específicas e deixam claro o desenvolvimento da doença.
Por outro lado, quando a dengue em crianças se manifesta isso não ocorre e os sintomas podem aparecer de forma desorganizada.
É possível, inclusive, que em algum ponto a criança apresente sinais de melhora, havendo diminuição dos sintomas.
Embora isso pareça positivo, é importante estar atento a possibilidade de falta melhora, o que possibilita o retorno dos sintomas com mais força.
Por isso, é extremamente importante que os pais e/ou cuidadores estejam sempre atentos ao comportamento da criança.
Quaisquer mudanças comportamentais ou sinais que possam ser considerados como dengue, devem ser considerar enquanto um sinal de alerta, devendo consultar um profissional da saúde.
Diante um diagnóstico preciso e eficaz torna-se possível iniciar o tratamento ainda no início do quadro, fortalecendo as chances de eficácia.
Quando isso ocorre e a doença é tratada logo aos primeiros sinais, torna-se mais fácil lidar com os sintomas, e evita-se que o quadro possa atingir estágios mais graves.
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O tratamento da dengue em crianças
Ainda que a dengue seja uma doença que apresenta sintomas difíceis de serem vivenciados pela criança, o tratamento costuma ser bastante simples, especialmente quando iniciado com rapidez.
A abordagem contra a doença se inicia antes mesmo do diagnóstico laboratorial.
Os sintomas que a criança apresenta, relacionados a dengue, já se manifestam enquanto motivo para iniciar o tratamento, o qual pode ser feito em casa nos casos mais leves.
Dentre as principais abordagens diante a dengue em crianças, observa-se o uso de aspectos como:
- Ingestão de líquidos;
- Soro intravenoso;
- Medicamentos – visando controlar sintomas como dor, vômitos e febre.
Quando o quadro é descoberto logo ao início, e a dengue em crianças está em sua fase mais leve, a criança geralmente pode ser tratada em casa.
Nestes casos, faz-se uso de constante ingestão de líquidos, visando manter a criança sempre hidratada, aliando com repouso por no mínimo duas semanas.
As crianças que se encontram um pouco mais debilitadas por conta do quadro recebem o soro intravenoso, visando uma ação mais rápida.
Ir proceder o tratamento em casa ou permanecer no hospital, recebendo o soro com maior constância, vai depender muito do estágio em que a dengue se encontra e o quanto afetou a criança.
Ademais, independente da fase da doença, a inserção de medicamentos pode ser realizada, pois se visa o auxilio de alguns sintomas.
Embora essa abordagem não seja voltada a cura, ela representa uma ação paliativa, retirando a dor causada pelo quadro de dengue em crianças.
Isso permite que a criança possa se recuperar de forma mais eficiente.
Estas três abordagens são as principais diante quadros de crianças com dengue, entretanto existe a possibilidade de internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) a depender do quadro.
Crianças que apresentam uma evolução grave da doença são postas sob vigilância e, portanto, ficam internadas a fim de possibilitar uma melhora adequada.
Ainda que isso seja possível, é bastante difícil, sendo a maioria dos casos diagnóstico com rapidez ainda no início dos estágios.
Independente da gravidade do quadro, a dengue é uma doença que tende a afetar a criança por no mínimo 10 dias.
Neste período, realizando o tratamento de forma adequada, os sintomas se retraem até sumirem por completo.
Após este período, a observação e abordagem de hidratação e repouso prosseguem, dado que a recuperação completa pode levar até 1 mês.
Como prevenir a criança.
Ainda que a ação rápida contra os sintomas seja importante, mais ainda é prevenir a criança de ser acometida pela dengue.
Uma das principais ações é o combate eficaz ao mosquito Aedes Aegypti, o transmissor da doença.
Para tanto, é essencial evitar água parada em quaisquer recipientes, uma vez que este se torna o criadouro do mosquito e perigo em potencial, tanto para a criança quanto para os pais.
Não há porque se basear na defesa incorreta de que, pouco adianta preocupar-se, se o vizinho não faz o mesmo.
É importante que cada um faça sua parte, mantendo a área de sua residência limpa e tomando outras medidas visando a evitação da proliferação do mosquito, da doença, e visando a saúde de todos.
Pequenas ações podem auxiliar a prevenir a dengue em crianças, então adote posturas como:
- Proteger as janelas com telas e o berço com mosqueteiros;
- Utilizar mosqueteiros também em outros ambientes onde o bebê costuma estar;
- Passar repelente na criança, especialmente diante áreas com incidência do mosquito transmissor;
- Aplicar repelentes difusores no quarto, fazendo-o quando o bebê ou criança não estão presentes no ambiente.
- Preferir vestir a criança com roupas brancas ou claras;
É importante que diversos meios de prevenção sejam aderidos pelos pais, evitando passar pela complicação de um quadro de dengue.
Ademais, é importante também considerar que nem todos estes métodos podem ser utilizados por todas as crianças.
As telas e mosqueteiros são uma das formas de prevenção mais neutras, pois podem ser utilizadas em quaisquer situações ou pessoas.
É uma forma efetiva, inclusive para os adultos, evitando a entrada do mosquito em sua residência.
Os difusores de repelente, são hoje bastante comuns, havendo inclusive opções elétricas que prometem a proteção sem deixar cheiro ou quaisquer resíduos.
Independente disso, é importante considerar que se está lidando com a proteção de uma criança, a qual pode apresentar alergia dos componentes.
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Assim, quando este método é aplicado é importante considerar seu uso sem a presença do bebê ou criança.
Prefira, por exemplo, coloca-lo algumas horas antes de a criança ir fazer uso do ambiente, mantendo-o protegido, e evitando que ela fique em contato direto com sua aplicação.
As roupas brancas são recomendadas, pois têm se percebido a utilização de roupas bastante coloridas como um fator atrativo para os insetos, dentre eles o Aedes Aegypti.
Por fim, os repelentes corporais, sejam em creme ou spray, representaram por um grande período uma discussão quanto se poderiam ou não serem utilizados por crianças.
Atualmente, compreende-se que sim, podem e devem ser aplicados, mas é importante considerar ainda que existem ressalvas quanto ao seu uso.
Proteção: crianças podem usar repelente?
O uso de repelentes corporais nas crianças é algo a ser considerado com bastante seriedade pelos pais.
Não é toda criança que pode utiliza-lo, especialmente por conta da idade, e não é todo tipo de repelente que possui efeito para evitar o mosquito transmissor da dengue.
Conforme postula a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assim como a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os repelentes não devem ser aplicados em crianças menores de dois anos.
Antes desta idade é recomendado que os pais utilizem de proteção como as telas, mosquiteiros e roupas protetoras.
Em poucos casos, especialmente em localidades onde há epidemias de dengue, o uso pode vir a ser liberado pelo médico pediatra, porém só após os seis meses completos.
Nestes casos, o produto é aplicado com extremo cuidado, evitando áreas como o rosto, machucados ou mãos, já que a criança pode acabar levando-a a boca.
Ademais, é também extremamente importante estar atento ao tipo de repelente que se aplica as crianças.
Nos casos onde o pediatra permite o uso deste fator antes dos dois anos é essencial fazer aplicação única de produtos que contenham a substância IR 3535, na concentração em 30%
Esta é a única permita pela Anvisa para crianças nesta faixa etária e, portanto, é importante respeitar esta questão.
As crianças maiores de dois anos precisam fazer uso de produtos que contenham Icaridina ou DEET, os quais oferecem tempo de proteção variado, sendo até 10 horas para o primeiro e 4 horas para o segundo, ambos eficazes em seu propósito.
A reaplicação é feita no máximo três vezes ao dia, o que deve também ser considerado diante a realidade e necessidade de cada criança e família.
Assim, observa-se que, os repelentes podem ser utilizados com ressalvas, mas existem outros métodos para evitar um quadro de dengue.
Para além disto, é essencial estar sempre atento aos sintomas apresentados pela criança, buscando auxilio profissional tão logo que os perceba.
Referências
https://bebe.abril.com.br/saude/dengue-o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-doenca-em-criancas/
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/dengue-alerta-para-cuidados-com-as-criancas/